E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?

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Pagando para ser protegido e tendo que enfrentar os bandidos!

sexta-feira, 18 de maio de 2018

MARADONA O POLÊMICO E SUAS TIRADAS: 'JAMAIS ME ARREPENDEREI DO GOL QUE MARQUEI COM A MÃO EM 86"!

MARADONA E SEU GOL DE MÃO CONTRA A INGLATERRA ‘ NUNCA VOU ME ARREPENDER”!

 “Não me arrependo de ter marcado com a mão. Nem um pouco. Nem no meu leito de morte.” A confissão, em detalhes, do gol de mão de Maradona, que mudou a Copa de 1986.
Diego Armando Maradona finalmente falou sobre o famoso gol com a 'mão de Deus'.
Com todos os detalhes.
O lance fundamental na Copa de 1986 acaba de ser explicado, minuciosamente, pelo maior jogador da Argentina em todos os tempos. Ele tinha mais talento do que Messi, para desespero da nova geração.
Cada frase é uma machadada no fair play, na honestidade, no politicamente correto que imperam no futebol atual.

O relato está no livro "Tocado por Deus: Como Nós Vencemos a Copa do Mundo de 86 do México", lançado em espanhol e em inglês. Ao preço médio de 15,5 dólares, cerca de R$ 51,00.
Maradona usou o jornalista esportivo Daniel Arcucci como seu ghost-writter. E, como é sua característica, não se poupou. Fez questão de relatar tudo o que ocorreu naquela partida, válida pelas quartas-de-final do Mundial. 
Era mais do que uma partida. Quatro anos antes houve a Guerra das Malvinas. Um conflito criado pela Ditadura Argentina para tentar dar mais fôlego aos militares.

O general Leopoldo Galtieri autorizou o ataque ao arquipélago em 1982. Argentina e Inglaterra disputavam os 12 mil quilômetros quadrados de ilhas, desde 1690. Navegadores britânicos alegam que o descobriram. Os argentinos alegam que foi o português Fernão de Magalhães, um século antes.

A Inglaterra dominava o arquipélago. A língua falada nas Malvinas é o inglês. A população, formada na sua maioria de descendentes de britânicos, principalmente escoceses. Ela mal chegava a duas mil pessoas em 1982. Galtieri acreditou que seria muito fácil e representativo tomar o arquipélago. 
Não esperava a reação britânica. Mas a primeira ministra britânica Margaret Thatcher, apelidada de Dama de Ferro, não seria humilhada. Deu a ordem para o Exército Inglês retomar as Falklands, como os inglês conhecem as ilhas.

A então primeira ministra inglesa Margareth Tatcher e o ditador argentino General Leopoldo Galtieri.
O mundo assistiu um massacre dos ingleses com seus armamentos mais modernos. Grandes porta-aviões rasgavam o Atlântico, levando as mais modernas aeronaves de guerra. Elas massacraram os imberbes militares argentinos. O conflito foi de 2 de abril e 14 de junho de 1982. O saldo oficial de mortos foi de 649 soldados argentinos, 255 britânicos e três civis das ilhas.

A derrota foi desmoralizante para os argentinos.
O abalo foi irreparável aos militares.
Em 1983, um ano depois, eles perderam o poder.
Houve eleições diretas e os civis voltaram à presidência.
A guerra seguia entalada na garganta dos argentinos em 1986.


Quando a tabela da Copa mostrou Argentina e Inglaterra era a hora da vingança. O técnico Carlos Bilardo usou como motivação a guerra, as mortes dos jovens argentinos no conflito. E os seus jogadores entraram mais do que motivados para o jogo.
Do lado britânico, Bobby Robson acreditava ter uma equipe melhor. E mais moderna. Via no rival apenas o talento de Maradona. Além de taticamente melhor, Robson apostava na habilidade do seu craque, Gary Lineker. Artilheiro daquele Mundial e um dos grandes representantes do fair-play.
A partida aconteceu no dia 22 de junho de 1986.
No estádio Azteca, na Cidade do México.
Antes da partida, os hooligans dos dois países se encontraram. A polícia mexicana teve enorme trabalho para acabar com brigas selvagens. O clima de ódio chegava às arquibancadas.
O árbitro foi o tunisiano Ali Bin Nasser.

A partida estava equilibrada, até que Maradona marcou seu gol com a mão, aos cinco minutos do segundo tempo.
Com a palavra, Maradona.
"A bola foi lançada para mim no alto. Eu pensei "oh boy, que bola!... Essa é minha". Eu não sabia se iria conseguir chegar, mas eu ia tentar. Se ele (o árbitro) desse falta, seria falta. Eu saltei, o que o Shilton (goleiro da Inglaterra) não estava esperando. Ele achou que eu iria direto nele. Mas eu saltei, podem ver nas imagens, vocês vão ver a posição que meu corpo estava. Eu venci o Shilton porque, fisicamente, eu estava na melhor forma da minha vida. Ele pulou, mas eu pulei antes porque estava assistindo a bola, e ele fechou os olhos.
"A bola tocou a rede e tudo, não tinha chances de alguém ter visto. Nem o árbitro, nem o assistente, nem Shilton, que estava atordoado olhando para a bola. O único que entendeu o que aconteceu foi Fenwick, o último homem entre eu e o gol. Mas, exceto ele, ninguém. Saí correndo para comemorar. Continuei correndo, sem olhar para trás. 'Checo' Batista veio até mim e perguntou "você desviou com a mão, não foi? Você usou a mão?". Eu respondi "cala a merda da boca e continua comemorando". Eu estava com medo do gol ser anulado, mas não foi.
"Na coletiva de imprensa, eu não sabia como reagir. A princípio, eu continuei falando que tinha cabeceado. Não sei, eu temia que, como ainda estava no estádio, eles poderiam anular o gol. Como eu poderia saber? Mas depois, eu disse para alguém 'foi a cabeça do Maradona e a mão de Deus'."

O gol de mão foi fundamental para a Argentina. Fez com que a Inglaterra partisse para o ataque, se abrisse. E Maradona se aproveitou do desequilíbrio emocional inglês. Com seu talento excepcional marcou o segundo gol, o mais bonito de todas as Copas. 
Aos dez minutos, cinco minutos depois de haver marcado com o 'gol com a mão de Deus'.
A forte Inglaterra conseguiu descontar, com Lineker, aos 36 minutos do segundo tempo. Os argentinos seguraram a vitória. Se classificaram para a semifinal da Copa. Venceram os belgas. E, na final, derrotaram os alemães.
 Eternamente comparado e ainda que distante dos feitos do Rei Pelé, Maradona será até o fim, sempre polêmico e como s diz por aqui não vai perder a pose nunca!

"Não me arrependo de ter marcado com a mão, nem um pouco.
"Nem agora, nem trinta anos depois, nem no meu leito de morte."
Essa, a confissão de Maradona, publicada no livro.

Com informações de Globo Esporte.com



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