E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?

E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?
Pagando para ser protegido e tendo que enfrentar os bandidos!

sábado, 5 de outubro de 2013

POLICIAL DOIDÃO, SURTOU E TOCOU O TERROR NO MEIO DE CIDADÃOS INOCENTES EM SAMAMBAIA,DF

Policial civil surta, destrói carro e obriga homem a comer lixo, beber água suja e rolar na lama
Delegado explicou que o agente tem problemas psicológicos e deverá ser internado
Gustavo Frasão, do R7


Durante o surto, policial jogou pedras contra um carro e o encheu com sacos de lixoReprodução / TV Record Brasília
Um policial civil da ativa lotado na 32ª DP (Samambaia) teve um surto psicótico nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (30), destruiu um veículo e obrigou um homem a comer lixo, beber água suja e a rolar na lama.  
A confusão aconteceu por volta das 7h30 na QS 104 de Samambaia Sul, região administrativa do DF. A vítima ligou para a PMDF (Polícia Militar do DF) pedindo ajuda e contou que o policial chegou armado e começou a jogar pedras de mármore contra um carro que estava estacionado em um prédio.   
Além de quebrar os vidros, o policial chutou o veículo deixando-o bastante danificado. Em seguida, foi a um contêiner de lixo, pegou vários sacos e jogou dentro do carro. Neste momento, um homem que passava pelo local tentou impedi-lo e foi rendido pelo agressor, que armado com uma pistola o obrigou a comer restos de lixo, beber água suja e a rolar na lama.  
Outras testemunhas também relataram à polícia que o policial foi a uma panificadora perto do outro lado da rua, rendeu o dono e o obrigou a beijar os pés dos funcionários. Assim que a PM chegou, o policial foi controlado e levado para a delegacia.  
O delegado Mauro Aguiar, da 32ª DP (Samambaia Sul), onde a ocorrência está registrada, explicou que o policial está na ativa e faz parte do quadro de funcionários da delegacia que ele chefia.   
Ele disse que o agente sofre com problemas psiquiátricos e que o caso foi enviado à Corregedoria para ser analisado.  
— É um problema psicótico que todos nós estamos sujeitos a ter. Ele surtou, se envolveu nesta confusão, mas a situação já está sob controle. Estamos avaliando as melhores saídas para ajudar o policial. A intenção é, em parceria com a família, encontrar uma clínica para interná-lo.  
O dono do carro e o homem que foi obrigado a comer lixo estão na delegacia para prestar depoimento. O delegado não soube dizer se o policial irá responder por algum tipo de crime.

VEJA O VÍDEO DO R7;

domingo, 22 de setembro de 2013

OPERAÇÃO MIQUÉIAS DA PF BATEU PESADO E PRENDEU FIGURÕES NO DF

OPERAÇÃO MIQUÉIAS DA POLÍCIA FEDERAL PÕE OS PÉS NO CONGRESSO NACIONAL E PALÁCIO DO BURITI

Operação da Polícia Federal põe os pés na porta do Congresso Nacional e do Palácio do Buriti. Será que entram lá?
Tem figurão tremendo na base!

Esse iate de uma das marcas mais caras do mundo vale mais de 5 milhões de reais

Lamborghini Gallardo, no valor de1 milhão e 600 mil reais!
A s operações Miquéias e Elementar, deflagradas pela Polícia Federal, são fruto de pelo menos três apurações iniciadas pela Polícia Civil do DF anos atrás. Os trabalhos, entretanto, não deslancharam em razão de inúmeras interferências políticas ou acabaram inviabilizadas graças a vazamentos de interceptações telefônicas dentro da corporação brasiliense.
Uma organização criminosa com ramificações e poder de influência na Presidência da República, no Congresso Nacional, na Polícia Civil do Distrito Federal e em prefeituras de cidades espalhadas por pelo menos nove unidades da Federação. Foi o que descortinaram as operações Elementar e Miquéias, conduzidas pela Polícia Federal e pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDF

Foram precisos sete anos para que o megaesquema pudesse ser revelado pela PF, que identificou empresas de fachadas, uso de laranjas para aberturas de contas bancárias e movimentações milionárias. Com os suspeitos, inclusive, a PF apreendeu vários veículos de luxo, entre eles, uma Ferrari e um Lamborghini Gallardo, avaliados em R$ 1,6 milhão cada.
A investigação promete ter mais de uma ramificação. Outros dois inquéritos correm na PF e começam a revelar supostos envolvimentos de políticos ou de pessoas ligadas a áreas sensíveis dos governos local e federal. Desde a última quinta-feira, houve 20 prisões. 
As investigações chegaram a parlamentares do Congresso Nacional e começa a se alastrar por outros órgãos da Esplanada e do governo local.

Com recursos desviados, atos de corrupção e lavagem de dinheiro, os suspeitos de integrar a quadrilha levavam uma vida luxuosa. A lista de crimes praticados é tão grande quanto rentável: R$ 300 milhões teriam sido movimentados apenas nos últimos 18 meses, quando a PF afunilou as investigações. Na última quinta-feira, 20 integrantes do grupo foram presos.

Correio Braziliense-21.09.13

Opinião:

Quando se prende pequenas bandidos já chamados comumente de "pés de chinelo" ou pequenas quadrilhas, os repórteres de programinhas sensacionalistas, escancaram  nas delegacias e portas de viaturas, chamam de  meliantes, com entrevistas sensacionalistas, palavrões, gírias e puxas-saquismo aos policiais. Estão esperando o que para fazer o mesmo com essa quadrilha de ratos de grande porte, e mostrar os nomes e caras de todos os envolvidos inclusive de alto escalão.
Medo de que?

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

ENQUANTO ISSO NA PAPUDA...

ENQUANTO ISSO ALI NA PAPUDA...






"VISITA NÓIS AQUI DOUTOR!" 
NÓIS TAMBÉM MERECE UM "EMBARGOZINHO DE INFRIGÊNCIA" NÉ NÃO?
OLHA AÍ: ATÉ O GILMAR JÁ VEIO VÉI!

Cai quadrilha formada por delegados que fraudava no DF com empresas fantasmas.

CAIU QUADRILHA COMPOSTA DE POLICIAI CIVIS QUE FRAUDAVA NO DF COM EMPRESAS FANTASMAS,




Em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, a Polícia Federal busca cumprir 18 mandados de prisão e 22 de buscas e apreensões para desarticular uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro desviado de órgãos públicos
19 de Setembro de 2013 às 10:29

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Polícia Federal (PF) cumprem neste momento 18 mandados de prisão e 22 de buscas e apreensões para desarticular uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro desviado de órgãos públicos. De acordo com o MPDF, a quadrilha investigada “tem grande poder econômico e político”.
Segundo o MPDFT, a Operação Elementaré é uma sequência da Operação Tucunaré, em 2008 – na qual a Polícia Civil investigou lavagemde dinheiro e evasão de divisas por doleiros. Na época, a Polícia Federal participou das investigações, durante as quais foi gravada conversa entre o doleiro Fayed Trabously e o policial aposentado Marcelo Toledo Watson, um dos investigados na Operação Caixa de Pandora.
O MPDF informou que ainda não tem balanço com número de presos da operação de hoje (19).
Blog do Ataíde>



terça-feira, 3 de setembro de 2013

PRESÍDIO DA PAPUDA-DF: OS 32 ANOS DA CASA ONDE NINGUÉM QUER MORAR


Pátio interno do Centro de Internação e Reeducação, uma das quatro unidades do Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião: Reportagem do Correio Braziliense, passa quatro dias dentro do presídio.

Com quase 12 mil detentos, Papuda intercala momentos de monotonia e tensão. A maior penitenciária do Distrito Federal tem uma rotina própria. Uma mostra diária de relatos de morte, perigo, dor e esperança.

Quem conversa com Antônio Alves da Silva, 37 anos, não imagina que ele é o maior assassino do sistema penitenciário. De fala mansa, sorriso fácil e olhar cabisbaixo, Camarão, como é conhecido, já matou quatro companheiros de cela.
Só não tirou a vida de mais detentos porque há oito anos está isolado em uma espécie de solitária. Os psicólogos alertam que, caso ele seja reintegrado aos outros presos, voltará a cometer homicídios.

Camarão cumpre pena desde 1991 por latrocínio (roubo com morte), assalto à mão armada e formação de quadrilha. Ingressou no sistema disposto a não aceitar ordens de detentos mais antigos ou que se achavam os donos do local. Cumpriu a promessa eliminando os rivais. No mais impressionante crime dentro da cadeia, Camarão teve um acesso de fúria. Vizinho de cela de um inimigo, ouviu o desafeto falar mal dele. Com um estoque, cavou a parede até fazer um buraco capaz de passar seu corpo. Garante ter feito o trabalho em 20 minutos.


FIGURAS ILUSTRES NA PAPUDA:






















Carlos "Cachoeira" foi sem dúvida um dos presos mais famosos a passar pela Papuda.















Outros famosos dependem de uma sentença final do STF, para fazerem um estágio por ali.

E fica uma pergunta:
(Será que eles também vão receber, baldes de água gelada na cara de madrugada, 1 hora de sol, mas de joelhos por castigo por indisciplina, comida fria as vezes até com baratas dentro, porradas se não correrem para as celas logo depois que as visitas forem embora, e visitas íntimas no parlatório debaixo de gritos como "anda logo", "goza logo porra", " a fila quer andar meu camarada" e outros mais "gentis"?)


Gilmar Mendes, o ministro,foi pessoalmente olhar as condições do presídio que poderá abrigar os condenados do Mensalão pelo STF.

DEPUTADO DONADON. OUTRO PRESO QUE NÃO GOSTOU DO QUE VIU...





"Os presos da Papuda pediram pra dizer como a alimentação de lá é ruim" disse o deputado Natan Donadon (PMDB-RO), ao assumir o microfone no plenário da Câmara. Ele fez a própria defesa na sessão destinada à votação do parecer do deputado Sergio Sveiter (PSD-RJ) que pede a cassação do mandato de Donadon. “Justo hoje acabou a água enquanto eu tomava banho e estava ensaboado. É desumano o que prisioneiro passa", disse ele reclamando das condições da penitenciária de Brasília.

Por mais de 30 minutos, o parlamentar defendeu ser inocente, ressaltando que foi injustiçado e pediu aos deputados que o absolvam das acusações de desvio de recursos públicos. “Eu sou inocente dessas acusações que estão impondo sobre mim. Não adiantaria eu vir aqui para mentir”, disse.

Desde que foi preso, no dia 28 de junho, o parlamentar que está já solto, ficou no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. “Tenho sofrido bastante, inclusive financeiramente. São dois meses que não recebo salário. Meus assessores foram demitidos. Sou deputado e não acho justo terem suspendido o pagamento do meu salário e cassado todos os meus direitos”. Donadon foi liberado hoje (28) pela Justiça para comparecer à Câmara para fazer sua defesa em plenário.

Ele reafirmou por várias vezes que é inocente. Segundo ele, as acusações feitas pelo Ministério Público (MP) de Rondônia são absurdas, assim como “é absurdo o relatório do deputado Sergio Sveiter. Donadon disse que à época em que foi diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Rondônia, por nove meses, fez todos os pagamentos de forma legal e que não desviou um centavo.

Donadon reclamou do MP de Rondônia que o acusou de ter desviado mais de R$ 8 milhões. “Durante os nove meses que estive no cargo, assinei pagamentos no total de R$ 1,6 milhão e todos os pagamentos foram feitos com nota fiscal de prestação dos serviços”. Segundo ele, o MP alega que os serviços não foram prestados e que o dinheiro foi desviado.



E AINDA ACONTECEM FUGAS COMO ESSA:
Três homens fugiram do Complexo Penitenciário da Papuda, cerca de 25km de Brasília, na madrugada do domingo (10/6). De acordo com informações da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), o trio conseguiu escapar após serrar as grades. A ausência dos fugitivos só foi percebida pelos agentes penitenciários durante a contagem de presos, que ocorre todas as manhãs, por volta das 7h. A Polícia Militar faz buscas nas imediações. O trabalho dos PMs conta com a ajuda de cães farejadores.

Em nota divulgada no início da tarde de hoje, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a fuga, que teria acontecido entre 0h30 e 1h deste domingo. A ocorrência foi registrada na 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião, e as circunstâncias estão sendo apuradas. Ainda segundo a nota, o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) vai emitir o laudo da perícia para esclarecer como as grades foram serradas pelos presos. Também foi instaurada uma sindicância para apurar o episódio.

FAMILIARES, OS QUE MAIS SOFREM COM OS PROBLEMAS DA PAPUDA.


Familiares de presidiários da Papuda fazendo manifestação na porta da Papuda, por melhores condições nas visitas aos presos, face a diversos problemas que enfrentam para visitá-los.
Por conta da greve dos agentes penitenciários, eles foram impedidos de entrar no local. 
As equipes do Batalhão de Choque e do 19º Batalhão da PM fazem o reforço da segurança, mas ainda não foi necessário usar a força para conter os visitantes.
                        A vida de quem tem um parente, marido ou amigo preso envolve uma série de sacrifícios. Muitas vezes a sensação é a de estar encarcerado como a pessoa que cumpre pena. A Agência Brasil ouviu relatos que mostram essa realidade: uma mulher que conta os dias para a visita, outra que sofre por não ter dinheiro para pagar a defesa do companheiro e uma avó que tenta conciliar a vida profissional com a assistência ao único neto, que está preso.
Histórias que se multiplicam e coincidem nas longas filas de espera dos dias de visitas no Complexo Penitenciário da Papuda no Distrito Federal (DF), localizado a 25 quilômetros de Brasília. Para a desempregada Cíntia Maria da Silva, de 28 anos, as visitas e o auxilio para presos deveriam ser mais fáceis. Ela contou que precisa acordar na madrugada do dia anterior ao da visita para conseguir senha a fim de ter acesso ao presídio.
“Estou aqui [visitando o marido] para fazer meu papel de esposa, deveria ser mais simples o contato com quem está preso, mesmo com as limitações que quem tem parente preso sabe que vai viver. A dificuldade que vivemos, tanto quem está lá dentro [preso] como quem está aqui fora é revoltante, acabamos sendo punidas também”, disse.
Para conseguir visitar o filho e o marido presos na Papuda, a desempregada Luciana Moura*, de 41 anos, também faz como Cíntia Maria: pega a senha de acesso ao presídio com um dia de antecedência. “Sempre pego a senha no dia anterior, chego de madrugada, por volta de 1 hora, para conseguir pegar as primeiras senhas e tentar ver os dois no mesmo dia. Moro na Estrutural [comunidade afastada do centro de Brasília] e pego dois ônibus para estar aqui às 5 horas”, disse. “Visito meu esposo e meu filho. Como eles ficam em pavilhões diferentes, tenho que alternar as visitas”, completou.


Segundo o titular da VEC-Vara de Execuções Penais, apenas 1/3 dos detentos aproveita bem as oportunidades para trabalho com redução das penas, e se recupera socialmente.

O marido da faxineira Maria da Silva*, de 28 anos, está preso há um ano e quatro meses, e a única forma de aproximar o filho, de 6 anos, do pai é levá-lo às visitas. “É muito complicado trazer crianças para visitas. [Sei] que é meio traumático para meu filho. Ele nunca entende o porquê de o pai estar preso e por que deve tirar a roupa para entrar no presídio. Mas não gosto de deixar que eles fiquem tanto tempo sem se ver. Meu filho sente muito a falta do pai. Essa é a única forma de matar um pouco da saudade”.
Para a faxineira, presos e parentes ainda enfrentam muito preconceito da sociedade. “Estou casada há oito anos e para visitar meu marido perco dois dias da semana. Trabalho por diárias e sempre separo a quarta e a quinta-feira para ir ao presídio. Às vezes, as pessoas querem [que eu faça faxina] nesses dias, e eu falo que já tenho compromisso. Nunca falo a verdade, pois o preconceito ainda é grande. Esses dias que não posso trabalhar compenso nos finais de semana”.
                       A secretária Emília Marques, de 54 anos, é avó de um detento e contou sobre as dificuldades e os constrangimentos para ver o neto que está preso há oito meses. “Para chegar aqui [à Papuda] é uma grande dificuldade. O que sentimos é o descaso das autoridades. Só tem uma linha de ônibus para cá e esse único ônibus vem abarrotado de gente. Pessoas de todas as cidades do Distrito Federal [DF] lotam o ônibus nas quartas e quintas-feiras”. Emília mora em Ceilândia, localizada a 26 quilômetros do centro de Brasília. Ela cuida do neto desde que a mãe do rapaz foi morar em Fortaleza.
Outra dificuldade para quem tem um parente preso é conseguir um defensor público para assistência jurídica. É o caso de Luciana de Souza* que há dez meses tenta conseguir um defensor para o marido preso. “Não tenho dinheiro para pagar advogado. Estamos dependendo da Defensoria Pública. Ainda não consegui um [defensor público] para meu esposo”.
No último relatório publicado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2009, o Complexo Peenitenciário da Papuda foi classificado em terceiro lugar entre os dez “melhores” presídios do país. Segundo a Subsecretária de Sistema Penitenciário (Sesipe), em todo o DF a estrutura penitenciária tem capacidade de receber 6.523 presos, mas atualmente abriga 10,3 mil encarcerados.

JUSTIÇA VÊ CONDIÇÕES DESUMANAS NO CDP

 O direito ao conhecido "Saidão", é plenamente respeitado pela Justiça

Promotoras de Justiça de Execuções Penais constataram, mais uma vez, a condição desumana em que se encontram os presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda. Superlotação é o principal problema, sem contar as infiltrações, vazamentos, instalações elétricas precárias e banheiros entupidos. 
No local, com capacidade para 1.048 pessoas, há 2.183, um déficit de 108%. Os presídios do DF passaram por mais uma visita de inspenção mensal na última sexta-feira (26/7).

Durante a fiscalização, um tempo maior foi dedicado à Ala D, atualmente com a pior condição. As 11 celas, com menos de cinco metros quadrados cada, abrigam cerca de 12 detentos. Cada uma delas dispõe de apenas seis camas. Os demais se espalham pelo chão, às vezes sem colchão, ou improvisam redes com pedaços de pano. As unidades prisionais não dispõem de recursos próprios para manutenção. Uma outra reclamação foi sobre a qualidade da comida, que às vezes vem estragada ou crua.

As promotoras de Justiça passaram de cela em cela anotando as demandas dos presos, que eram inúmeras. Muitos disseram que as camas, feitas de concreto, estão com infiltração e molham os colchões, causando alergia de pele. Outra questão levantada foi a falta de tratamento médico e de remédios para os que estão doentes. Eles mostraram, também, que para ter energia elétrica precisam improvisar uma gambiarra. Com os vazamentos e infiltrações, os choques são constantes.

Outra irregularidade constatada foi a precariedade das condições do pátio destinado ao banho de sol, principalmente no que se refere aos banheiros utilizados pelos familiares dos internos nos dias de visita.

Caso não sejam realizadas as reformas requeridas, o MPDFT pede a interdição parcial do espaço, impedindo-se a entrada de novos presos provisórios, ante a inadequação do estabelecimento prisional. Segundo a Promotoria de Justiça de Execuções Penais, apesar de o CDP ser um prédio antigo ainda há a possibilidade de se fazer reformas tanto para melhoria dos espaços prisionais como para ampliação de vagas, com o objetivo de minimizar as condições desumanas em que se encontram os internos.

No começo do mês, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) ajuizou ação de interdição com pedido de reforma da unidade prisional, em decorrência das péssimas condições do local. Em 2010, um pedido semelhante já havia sido feito. No entanto, a Secretaria de Segurança do DF realizou pequenos reparos no local, o que não sanou as irregularidades apontadas, conforme pode ser verificado nas visitas de inspeção mensal do MPDFT e confirmado por perícia feita em abril de 2012 . Por isso, nova ação foi ajuizada.


Ampliação
A secretaria de Segurança do Distrito Federal afirma que uma proposta de ampliação dos presídios do DF está em andamento, e três penitenciárias devem passar por reformas: Centro de Progressão Penitenciária, Centro de Detenção Provisória e Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Ao total, devem ser criadas 1,4 mil novas vagas.

O CDP está em fase de vistoria pela construtora, e irá ganhar mais 400 vagas, com custo aproximado de R$ 12 milhões. O prazo para a conclusão da ampliação é de um ano após a publicação da Ordem de Serviço para executar o contrato. O mesmo prazo vale para as 400 vagas que devem ser criadas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, que custará uma quantia equivalente dos cofres públicos.

O Centro de Progressão Penitenciária (CPP) já está passando por obras e deverá ganhar 600 vagas até 2/6/2014. O custo será de aproximadamente R$ 3,4 milhões. Um outro projeto para criação de mais 1,6 mil vagas na Penitenciária do Distrito Federal II está em estágio inicial.

Com informações do Correio Braziliense e texto de








sexta-feira, 7 de junho de 2013

"FATALIDADES" E MORTES POR POLICIAIS DESPREPARADOS. ATÉ QUANDO?

"FATALIDADES": ATÉ QUANDO? DESPREPARO FAZ MAIS UMA VÍTIMA NA PRÓPRIA PM.

07/06/2013 0 comentários 

Gama, DF: 2008: Torcedor é morto por um tiro na nuca de arma .40, disparado pelo policial na foto de capacete, e que depois foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto.

E AGORA...
Um policial morto, outro em estado de choque e duas famílias desesperadas e desamparadas, e uma população no limite do medo e da insegurança. O que está errado com a polícia pela qual pagamos tão caro. Erro de doutrina? Erro de preparação ou simples falta de mudanças e atualização para tempos mais modernos?
                    
                                Em 2008 foi o torcedor do São Paulo FC, em um jogo no Bezerrão no Gama, a vítima de abordagem errada e do despreparo  policial. Veio torcer pelo seu time, deixando um filho recém-nascido, em São Paulo; correu da confusão e foi assassinado com um tiro da temida “40”uma das mais elogiadas armas nos meios policiais por sua incontestável eficiência e letalidade. Tal ação tenebrosa classificada pelo comandante e pelo secretário de segurança da hora, como “fatalidade”.
                             Feito o tal inquérito até hoje, não se sabe o resultado do dito feito. Morreu um pai, um filho e um bebê ficou órfão, consolado pelo choro de uma mãe e avó.

Em 4 de Abril desse ano, outra guarnição “atirou primeiro e perguntou depois” e  o funcionário da Funcef e estudante de Administração de Empresas, José Alves Pereira levou um tiro na cabeça na BR-070, perto da entrada do Condomínio Privê. Ele estava no banco do passageiro de um Fiat Uno dirigido pela colega de curso Karla Pamplona Gonçalves, 22. 

                       Atingida pela mesma bala no supercílio direito, Karla conta que a polícia atirou contra o carro sem ter feito qualquer sinalização para que ela parasse o veículo. “Não era uma blitz, eles não estavam com a sirene ligada, não pediram para parar. Eles apenas atiraram”, conta a moça que viu o amigo tombar ensaguentado sobre seu colo. Segundo ela, a viatura estava sobre o canteiro central da pista e os policiais sequer saíram do carro para efetuar os disparos. “Eu vinha a 80 quilômetros, achei que eles estavam esperando que eu passasse para entrarem na pista”, relata Karla. 

                         E se matou um universitário, cansado após um dia de trabalho e depois de enfrentar três ou quatro horas de banco numa faculdade, que nã devia nada a polícia, e tentava ser um cidadão mais apto a participar produtivamente do nosso belo quadro social
                 Apenas por estar em um carro “parecido” com o dos marginais que talvez a polícia perseguisse, morreu sem chances de sequer apresentar mseu documentos numa abordagem decente e civilizada, a que todos nós temos direito constitucional garantido, pela lei que nos diz que ”ninguém produzirá provas contra si, nem será acusado sem provas”!
                            Morto por outra abordagem precipitada. Estudos a noite, trabalho cansativo perseguindo um objetivo com sacrifício, para morrer por uma bala destinada a um marginal que escapou impune.
E então não valem tais ditames na hora da ação do policial que deveria ser bem preparado em todos os sentidos?
Afinal quem está com medo de quem? Os policiais, os verdadeiros “ovelhas” do sacrifício na ponta do enfrentamento dos problemas sociais como a violência, as drogas, as quadrilhas, as invasões de terras, de órgãos públicos, e que cumprem, em 80% dos casos a sua missão e recebem toda a carga de culpa quando os crimes acontecem, tornando-se os alvos preferidos e principais de todas as críticas quando os números da violência  vem nos  tirar o sono, nós pobres pais de família e cidadãos  que trabalhando mais de duzentos dias por ano para sermos  fieis  ao pagamento de seus pesados impostos, “imposto” a nós pelo governo e pelas leis que sequer fomos consultados na hora de serem feitas. E ainda nos chamam de “contribuintes”!
E seguimos anestesiados, impávidos custeando e carregando nas costas, este continente imenso banhado pela corrupção, pelos altos gastos dos dourados cartões corporativos, pelas grandes negociatas e favores eleitorais, e pelo “dinheiroduto”que já se tornou o escárnio jogado todos os dias sem punição da inocente manada de brasileiros humildes e trabalhadores, que chora e sofre pelo seu país, torce para que tudo dê certo e crê cegamente num futuro melhor para os seus filhos e tem sempre a sua esperança renovada a cada novo mandato de seus governantes até que lhe atirem na cara a verdade nua e crua, de que os principais e fundamentais problemas de seu país, nunca são resolvidos, aqueles que todos contam já decorados nas pontas dos dedos: saúde, habitação, transporte, educação e segurança.
E pelo outro lado quase nunca sondado ouescaneado, usando-se uma terminologia da moda, está a estrutura de comando e preparação que está por trás do policial antes que ele vá para a rua, que são aqueles responsáveis pela direção, preparação e treinamento dos homens que vão para a rua.
É comum a tropa se manifestar, como é bem fácil hoje em dia com as facilidades multimídias, sua insatisfação com relação a ganhos, tratamento que recebem de oficiais autoritários, a até das condições de dependências em seus quartéis, como chegou a se ver inclusive do próprio batalhão de elite da Polícia Militar no DFonde foram postadas fotos sobres as péssimas condições de uso do quartel daquela tropa, na internet.
A profusão de blogs e sites, que falam, defendem e divulga as forças militares inserem hoje, os policiais num contexto de formação de opinião sobre e com a comunidade, nunca dantes visto. E é essa opinião que muitas vezes é punida, pelos bem polidos e lustrosos comandantes que do alto de suas brilhantes insígnias, não se permitem em hipótese nenhuma perder os privilégios quer os comandos conquistaram ao longo do tempo.
O que de forma alguma quer dizer competência, vez que esse comandos vivem sendo trocados, às vezes até mais de duas vezes em um ano como já aconteceu aqui no DF, onde recentemente no caso das capas de chuva superfaturadas, e  que degolou mais um comandante.
Estariam diante desse quadro, os nossos policiais recebendo treinamento adequado para suportar com galhardia, polidez e civilidade as pressões do dia a dia das ruas? Ou todos nós continuaremos a mercê desse despreparo e todos enquadrados naquela velha mentalidade da época cinzenta da ditadura, onde éramos chamados de “elementos subversivos,  agitadores, meliantes, e considerados inimigos das tropas e forças da ditadura, de tão nefasta e de triste memória?”
Algo está errado no reino das fardas, quepes e cassetetes. E já que não vivemos mais sobre um regime feudal e autoritário dos senhores da terra, exigiremos sim, com personalidade forte, que nossos direitos sejam respeitados antes de sermos permanentemente classificados como suspeitos e não como cidadãos de bem.
Antes que as balas nos atinjam, aquelas a quem pagamos tão caro preparem melhor aqueles que devem cuidar da nossa segurança e das nossas famílias. Tempos feudais já era. Respeito a autoridade sim; idolatração aos governantes nunca!
VEJAM O VÍDEO DO ASSASSINATO DO TORCEDOR NESSE LINK:




Karlão-Sam

07.06.13

sábado, 1 de junho de 2013

SOBRE O MATAR PARA SOBREVIVER; DEPOIMENTO NU E CRU DE UM OFICIAL DA PM-SP

Lourenço Martins - 'Não existe o prazer de matar'
LOURENÇO MARTINS, 54 ANOS



Coronel da PM, mata a serviço do Estado

Meu primeiro combate foi em 1974. Fui batizado numa troca de tiros. Tinha 25 anos e apenas quatro meses de polícia. Eu estava sentado próximo à janela e vi quando uns assaltantes executaram o guarda de um banco que ficava vizinho ao Batalhão. Descemos e houve uma troca de tiros. Dois bandidos morreram na hora, logo no primeiro confronto, quando ficamos cara a cara com eles. O aspirante que estava ao meu lado caiu atingido por uma bala na perna. Quando reagrupamos, partimos para cima deles e acabamos pegando todos. Deu um branco na minha cabeça. Eu nunca esperei presenciar um quadro daqueles. Quando tudo acabou me deu uma tremedeira. Parei para pensar que o tiro que atingiu o meu colega poderia ter me acertado, eu poderia ter morrido. Com o decorrer do tempo fui me acostumando com sangue, com as coisas trágicas. A tremedeira passou. É a mesma coisa do médico. Quando ele entra numa cirurgia, tem de ser frio. No dia-a-dia de um policial esse tipo de coisa se repete. E não é só a minha vida que está em risco. Tem a vida de outras pessoas. Em 1984, estava num cerco a uma favela. O Silvio Maldição (um bandido da época) estava com uma 9 milímetros na mão, quando um policial entrou no beco para rendê-lo. Eu, que estava numa laje logo acima, armado com uma 12, vi quando o bandido levantou o cão da arma. Atirei nele antes. Atirei para que um policial meu não morresse. Acertei a cabeça do bandido. Se mirasse no corpo, ele ainda poderia reagir. Procuro não me lembrar quantas pessoas já matei ou vi morrer. Eram pessoas que deveriam estar progredindo e que acabaram escolhendo o lado ruim. Mas o fato de estar dentro deste cotidiano da vida me fez ser uma pessoa muito fria na minha maneira de trabalhar. O policial militar tem de estar sempre atento, percebendo o que se passa nos 360 graus a sua volta. É policial 24 horas por dia. Há dois meses, decidi liberar meu motorista e fui para casa sozinho. Percebi que estava sendo seguido por três carros. Eram seis homens. Um dos carros me fechou e um dos bandidos saiu com uma arma na mão. Atirei de dentro do carro, pelo vidro. Ele caiu. Matei outros três e os outros dois fugiram. Ou eu os acertava ou eles me acertavam. Nunca feri uma criança, nunca baleei pessoas que nada tinham a ver com um crime. Para eu chegar a atirar em alguém é porque essa pessoa está atirando em mim. Não existe o prazer de matar, e sim a consciência do certo e do errado. Há muito tempo deixei a emoção de lado. Vivo pela razão. Para viver melhor, eu choro muito, corro e pratico esporte. É a minha forma de extravasar (nesse momento ele chora). É duro a gente perder um companheiro que passa dez, 15 anos do seu lado. Eu vivo para a polícia. Adoro o que faço. Para não machucar ninguém que amo, optei por nunca casar. Também não tenho filhos. Não quero jamais colocar em risco alguém que more comigo. Quem fez o juramento de defender com a vida a vida dos outros fui eu.