E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?

E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?
Pagando para ser protegido e tendo que enfrentar os bandidos!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MORRE O CHIMPANZÉ MAIS FAMOSO DO CINEMA


MORRE A CHITA DO TARZAN DOP CINEMA AOS 80 ANOS
Adeus, Chita: Morre com 80 anos o chimpanzé que se celebrizou na sétima arte.
Joana Teles, Facebook.

Quarta, 28 Dezembro 2011 


O mais célebre chimpanzé da sétima arte, Chita, personagem em diversos filmes de Hollywood, entre os quais Tarzan, morreu no passado sábado, aos 80 anos de idade. Vivia numa reserva na Florida, EUA, e atingiu uma longevidade pouco vista em símios. O anúncio da morte de Chita foi feito com pesar, não obstante as memórias de um animal "extrovertido", que "adorava futebol". 
Foi estrela de cinema e tornou-se um animal adorado. O famoso chimpanzé que participou em diversos filmes – como o ‘Homem Macaco’, em 1932, e ‘Tarzan e a Sua Companheira’, dois anos mais tarde – não resistiu ao tempo e morreu na Florida, numa reserva natural onde vivia.
A carismática personagem de Tarzan contava já 80 anos, o que não é comum nos animais da sua espécie. Normalmente, os chimpanzés em cativeiro não vivem mais do que 60 anos, mas Chita, que se tornou eterna, conseguiu ser octogenária.
Segundo o Livro Guinness de Recordes, foi o chimpanzé mais velho do mundo. O normal para a sua espécie é 40 anos, mas em cativeiro há muitos casos de chimpanzés que chegam aos 60 anos. Chita juntou mais duas décadas a este feito.
No passado sábado, devido a uma falência renal, acabou por morrer, deixando saudade sobretudo na sua tratadora, que via em Chita um chimpanzé “divertido, extrovertido e encantador”. Era adepto de futebol e adorava pintar. Outro atributo que preservou até aos últimos dias da sua vida era a capacidade de fazer rir.
Chita contracenou com atores como Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan, entre as décadas de 30 e 40, e conquistou a fama devido a várias produções de Hollywood. Em 2008, foi realizada uma biografia do chimpanzé.
Teve uma vida de excessos, já que gostava de fumar charutos e beber cerveja, mas a adiantada idade e o estado de saúde débil obrigaram-no a adotar hábitos regrados, com dieta rígida... Viveu muitos anos, mas nunca os suficientes para os seus admiradores.
Veja uma cena de Chita, no filme de Tarzan.

Um tempo de pureza, sem drogas, violencia descabia, muito cavalheirismo e sonhos de um mundo melhor, que está cada dia pior. Chita vai fazer mais falta, e foi mais nobre do muita gente gentinha ordinária que tem por aí.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


BYE, BYE, BENÍCIO TAVARES.


Agora foi a vez do TSE  cassar por unanimidade, o mandato do distrital, recheado de acusações.


Entenda a história:

Conselho Especial do TJDFT absolveu, por unanimidade, distrital da acusação de exploração sexual de menores em barco na Amazônia. 
Depois de cinco anos, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF (TJDF) absolveu o deputado distrital Benício Tavares (PMDB) da acusação de exploração sexual de menores de de idade. O suposto crime teria ocorrido, em 17 de dezembro de 2004, a bordo do iate Amzonian, nas águas do Rio Negro, no Amazonas. Quinze dos 17 desembargadores que estavam es presentes na Corte avaliaram que, apesar das evidências de orgia, com a participação de empresários, políticos e prostitutas, algumas menores de 18 anos, Benício não cometeu a infração.

 Os segredos de alcova teriam provavelmente sido guardados não fosse o naufrágio da embarcação que levava de volta parte das 17 meninas contratadas para fazerem programas sexuais no iate Amazonian (leia Memória). Segundo depoimento prestado à Justiça por sete das moças que estiveram no iate, um dos atrativos do passeio foi o sexo pago. Todas relataram em minúcias as relações mantidas durante as 48 horas passadas na embarcação. As testemunhas confirmaram que Benício não só esteve no Amazonian entre 16 e 18 de setembro de 2004, mas fez sexo com algumas delas. Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público, o distrital teria mantido relação com quatro garotas, com idades entre 16 e 17 anos.


A questão da idade foi o que motivou o Ministério Público a propor ação penal contra Benício Tavares. O argumento do MP é de que o distrital ignorou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo o artigo 244-A do ECA é crime “submeter criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual”.

A relatora do caso no Conselho Especial, Carmelita Brasil, no entanto, considerou que Benício não violou o ECA. O voto da relatora, obtido pelo Correio, revela algumas razões que sustentam a opinião contrária à ação penal, que foram respaldadas por 15 desembargadores na tarde de ontem. Entre elas, a interpretação do verbo submeter. “O verbo submeter, segundo os mais abalizados dicionaristas brasileiros significa: sujeitar, dominar, subjugar, reduzir à dependência, subordinar alguém a alguma ação. Ora se o tipo penal do artigo 244 do ECA é submeter, as ações praticadas pelo acusado não se inserem no núcleo do tipo. Não houve, na hipótese, qualquer ato de dominação, de sujeição. Ao revés, as jovens prostitutas ofereciam seus serviços, como de ordinário, pois, todas se dedicavam à prostituição”, argumentou a relatora.

Outra razão contrária às alegações do Ministério Público de que Benício incorreu em crime é o fato de que o distrital argumentou não saber a idade das garotas. “Não é possível afirmar com absoluta segurança que o acusado tinha conhecimento da presença de adolescentes naquele Iate, bem como, de que ao pagar para ter contato sexual com algumas das jovens que se encontrava naquele iate estava mantendo relação sexual e atos libidinosos, em situação mercantilizada, com adolescentes de 17 e 16 anos”, disse Carmelita em seu relatório.


Por se tratar de denúncia que envolve parlamentar, com foro no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a competência para atuar no caso é exclusiva do procurador-geral de Justiça do DF. A denúncia contra o deputado distrital Benício Tavares (PMDB) foi ajuizada em 2004 pelo então procurador-geral de Justiça do DF, Rogério Schietti, com a assessoria do promotor Andrelino Bento dos Santos Filho, morto em agosto de 2008. Especialista em direito penal, Andrelino foi a Manaus na ocasião das investigações para colher informações e acompanhar os depoimentos das vítimas.

 1 - Bandarra livrou Benício Tavares…

Advinhe quem pediu a absolvição de Benício? 

Ele mesmo!!! Leonardo Bandarra. relembre 

aqui:

Com o fim do mandato de Schietti, o então procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, herdou o processo. Na sessão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça, Bandarra pediu a absolvição de Benício, sob o fundamento de que Benício não tinha como presumir a idade das meninas que estiveram no barco em que o distrital estava na Amazônia e, portanto, não poderia ser acusado de exploração sexual de adolescentes.

MEMÓRIA

Escândalo emerge com naufrágio.

O deputado Benício Tavares (PMDF), então presidente da Câmara Legislativa do DF, envolveu-se em acusações de turismo sexual na madrugada de16 de setembro de 2004. A trama ocorreu a bordo do iate Amazonian, que cumpria uma viagem pelas águas do Rio Negro até o município de Barcelos, a 450km de Manaus (AM). Além de 17 meninas, a maioria menores de 18 anos, estavam no barco 15 políticos e empresários de São Paulo e Brasília — o grupo se reunia pelo terceiro ano. O programa, de dois dias e duas noites, renderia R$ 400 a cada garota, fora gorjetas.
Após dois dias, o iate seguiu viagem rio acima. Doze meninas foram transferidas para outro barco, que regressava a Manaus. No retorno, porém, cinco delas morreram durante o naufrágio da embarcação. A tragédia chamou a atenção da polícia de Manaus, que descobriu a participação de Benício Tavares no passeio sexual. A delegada Maria das Graças da Silva ouviu as 12 meninas sobreviventes. Todas afirmaram que Benício esteve na embarcação e fez sexo com várias delas. Elas confirmaram ter recebido dinheiro para participar do passeio e fazer sexo.


Nos depoimentos, as garotas disseram que havia várias festas no iate, com shows de striptease e consumo de drogas. A delegada do caso ainda coletou elementos suficientes para provar a participação de Benício Tavares no turismo sexual. Mostrou, em 27 de setembro, fotografias do deputado a três meninas que participaram da orgia. Elas identificaram imediatamente o parlamentar, que é paraplégico.
Com o indiciamento de Benício Tavares e a abertura de processo na Justiça, porém, as meninas mudaram parte dos depoimentos. Disseram que estiveram no iate e mantiveram relações sexuais por vontade própria.
De duas adolescentes, uma confirmou ter feito sexo com Benício por dinheiro. A outra menina afirmou, em depoimento à Justiça, que foi convidada pelo deputado para um programa, mas não teve coragem.

Fonte: CorreioWeb – 17 de Março de 2010.
Publicado em 26/07/2011 por Donny Silva
E FINALMENTE:
Hoje, 18/11/11:

O TSE confirmou a cassação do mandato do deputado distrital Benício Tavares (PMDB) e o suplente Robério Negreiros (PMDB) não perdeu tempo.
Seu advogado pedirá nesta sexta (18) que seu cliente seja empossado na Câmara Legislativa do DF. Robério torceu o tempo todo contra o colega Benício, mas precisa que o TSE mantenha os votos que foram dados ao companheiro do PMDB, para assumir o mandato.
Caso os votos dados a Benício Tavares sejam confirmados nulos (uma vez que foram adquiridos de forma fraudulenta), Robério não assume, e o PSDB ganha a vaga e o advogado Raimundo Ribeiro assume o mandato de distrital.
Como o PMDB faz parte da base aliada do governo de Agnelo Queiroz, corre nos bastidores da CLDF a informação de que o presidente Patrício (PT) fará de tudo para que Robério Negreiros assuma o mandato. Afinal, o PT não quer ver o oposicionista Raimundo Ribeiro no legislativo do DF principalmente num momento desses, em que o governador Agnelo Queiroz  é alvo de ataques constantes, tanto de amigos quanto de inimigos…
Fonte: Publicado em 18/11/2011 por Donny Silva
Reações: 



sábado, 12 de novembro de 2011

Marcelo Bauer, filho do coronel PM que planejou a sua fuga, após o crime, será julgado à revelia 24 anos depois da morte da ex-namorada.


Está marcado para amanhã, 10, o julgamento de Marcelo Bauer, o homem acusado de assassinar a ex-namorada há 24 anos. A estudante Thaís Muniz Mendonça morreu com 19 facadas e um tiro na cabeça, em 10 de julho de 1987, após deixar a Universidade de Brasília (UnB). Desde então, o suspeito sumiu da capital e do país. Policiais civis do Distrito Federal o encontraram na Dinamarca em 2001. Ele ficou preso por oito meses na época, para logo em seguida desaparecer novamente. Promotores de Justiça acreditam que ele esteja na Alemanha, onde ganhou a nacionalidade europeia por ser neto de um germânico. Ele também mudou de nome e passou a se chamar Marcelo Nielsen. Caso esteja vivo, completou 45 anos.
Apesar de tanto tempo, o crime atribuído a Marcelo Bauer não prescreveu após os 20 anos previstos em lei. Graças à atuação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e de uma decisão do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Em maio de 2009, dois meses antes do prazo para o acusado ser julgado, desembargadores da 2ª Vara Criminal decidiram que ele deveria ir a júri popular, mesmo se não fosse notificado pessoalmente nem aparecesse na audiência. “Com essa decisão, foi interrompida a prescrição”, explica o juiz federal aposentado Pedro Paulo Castelo Branco, professor de direito penal da UnB. Agora, o crime prescreve somente em 2029, 20 anos após a decisão do TJDFT.
O julgamento ocorrerá à revelia, mesmo sem a presença do réu. Um defensor público o representará no processo. O serviço atende geralmente famílias de baixa renda, sem condições para pagar um advogado, o que não é o caso de Bauer. Ele estudava na UnB e morava com a família, de classe média. Encontrar o acusado de sequestrar e matar a jovem se tornou tarefa complicada, segundo investigadores da Polícia Civil, por causa do pai dele. À época do crime, o coronel Rudi Ernesto Bauer trabalhava no Serviço de Inteligência da Polícia Militar do DF. Segundo investigadores, ele planejou a fuga do filho com a ajuda de colegas de corporação e do Exército.


Fuga
O caso virou prioridade para o Departamento de Atividades Especiais (Depate) da Polícia Civil do DF em 2000. Na época, 13 anos depois do homicídio, dois agentes seguiram para Aarhus, na Dinamarca, onde Marcelo vivia com uma dinamarquesa e cursava comércio exterior em uma faculdade local. Como o foragido estava fora da jurisdição brasileira, a polícia recorreu à Interpol, que prendeu Bauer. Imediatamente, o Ministério da Justiça do Brasil pediu a extradição do acusado. O governo dinamarquês aceitou, mas a defesa de Bauer recorreu em março de 2001. Três juízes federais da Dinamarca suspenderam a extradição e libertaram o brasileiro, após oito meses de prisão.

De acordo com o promotor Maurício Miranda, do Tribunal do Júri, a última notícia de Marcelo indica que ele está na Alemanha. O acusado, que tem ascendência alemã, conseguiu nacionalidade no país. Isso dificultou a sua vinda para o Brasil, mesmo mediante ordem judicial. O MPDFT articulou, sem sucesso, com o Palácio do Itamaraty e a embaixada alemã para levar o processo ao país estrangeiro. Mas os desembargadores do TJDFT levaram em conta os laudos de exame cadavérico e de reconhecimento, além do depoimento de testemunhas, para decidir submeter Bauer à júri popular. Para o relator do caso, Arnoldo Camanho, a fuga à Europa logo após ser declarado réu serve como indício para a autoria do assassinato.

Camanho destacou também cartas escritas pela vítima, nas quais relata ameaças de morte feitas pelo então namorado, que não aceitava o fim do relacionamento. “Tudo indica que (Bauer) fugiu com documentos falsos, mesmo sabendo do processo e da expedição do mandado de prisão em seu desfavor”, comentou o desembargador, em parecer. Segundo a denúncia do MPDFT, “Bauer, por contrariedade, desejos, ânsia de posse da pessoa amada, ciúme e sentimentos de vingança, havia cometido várias ameaças e tentativas de sequestro e de morte contra a vítima”.

Crueldade
Os promotores concluíram que ele a sequestrou no câmpus da UnB “e após asfixiá-la com substância tóxica e deixá-la desmaiada, puxou-a para o seu carro, um Passat amarelo, ano 1978, e de maneira cruel desferiu contra ela 19 facadas na região mamária e carotidianas. Não contente, conduziu-a a local ermo, nas proximidades da 415 Norte, em direção ao Lago Norte, para ocultar o cadáver, arrastando-a para o mato, onde, à queima-roupa, a matou”. O corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, quando uma equipe apagava um incêndio em meio ao cerrado. Assim como o acusado, o carro no qual teria sido praticado o crime desapareceu.

O crime prescreveria em 11 de outubro de 2009, mas, com a lei que reformulou o Código de Processo Penal, ele pode ser julgado, mesmo foragido. Mas, em caso de condenação, só será preso se voltar ao Brasil. O réu pode pegar até 30 anos de cadeia. Parentes de Bauer e de Thaís não foram encontrados pela reportagem. Aliás, nesses 24 anos, nenhum familiar do acusado deu entrevista. O promotor de Justiça Marcelo Leite, escalado para o júri, não estava disponível para entrevista por estar fora do DF, segundo a assessoria de comunicação do MPDFT.

Cooperação
A Organização Internacional de Polícia Criminal, mundialmente conhecida pela sigla Interpol (International Criminal Police Organization), é uma organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes países. Foi criada em Viena, na Áustria, em 1923. Hoje, a sede fica em Lyon, na França, tendo adotado o nome atual em 1956. Conta com a participação de 188 países. A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais.

Entenda o caso

O crime
Thaís Muniz Mendonça, 19 anos, foi vista com vida pela última vez por volta do meio-dia de 10 de julho de 1987, quando deixava a UnB, onde cursava letras. Bombeiros encontraram o corpo dela dois dias depois, em um matagal próximo à 415 Norte, com marcas de 19 facadas no pescoço e um tiro na cabeça.

A fuga
A polícia apontou Marcelo Bauer, namorado de Thaís na época, como o autor do crime. Segundo o inquérito, o crime ocorreu no carro dele. O Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia do MPDFT e o pronunciou como réu em 11 de outubro de 1989. Mas Bauer fugiu antes de o julgamento ser marcado.

A prisão
A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou Bauer 13 anos após a fuga. O acusado estava em Aarhus, na Dinamarca, onde morava havia oito anos. Como o foragido estava fora de jurisdição, a polícia recorreu à Interpol, que prendeu Bauer.

A liberdade
Dias depois, o Ministério da Justiça pediu a extradição do acusado. O governo dinamarquês aceitou. A defesa de Bauer recorreu à Corte de Justiça de Aarhus em março de 2001. Três juízes federais da Dinamarca suspenderam a extradição e libertaram o brasileiro, após oito meses de prisão.

Nova fuga
O governo brasileiro apelou à Suprema Corte da Dinamarca, que autorizou a extradição. Nesse meio tempo, Marcelo Bauer deu entrada no pedido de cidadania alemã. Quando a Justiça dinamarquesa acatou a extradição do brasileiro, a Interpol descobriu que o acusado não estava mais na Dinamarca.

Troca de nome
A Interpol localizou Bauer na Alemanha. Em 2002, o governo alemão negou a extradição pedida pelo Brasil. Em seguida, o acusado conseguiu a cidadania e mudou o sobrenome. Passou a se chamar Marcelo Nielsen. O avô paterno dele é alemão.

Risco de prescrição
Em 4 de dezembro de 2007, o MPDFT entrou com pedido de julgamento à revelia do acusado. O promotor Andrelino Santos Filho temia a prescrição do crime, em 11 de outubro de 2009. Mas, na época, a legislação não permitia julgamentos com o réu ausente.

Júri popular
Em 28 de maio de 2009, decisão unânime da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) confirmou o julgamento de Marcelo Bauer pelo júri popular, com base na Lei Federal nº 11.689/08. Foragido no exterior, o acusado seria julgado à revelia em data ainda não definida.

Julgamento marcado
O Tribunal do Júri de Brasília marcou para amanhã o julgamento de Marcelo Bauer. A intimação dele foi feita por meio de edital, pois é considerado um foragido da Justiça brasileira. Com isso, será julgado à revelia, com defesa feita por integrante do Núcleo de Práticas Jurídicas do UniCeub.

O QUE DIZ A LEI.
A Lei Federal nº 11.698/08, aprovada em agosto de 2008, permite o julgamento de réus foragidos ou não encontrados pela Justiça brasileira. Na prática, o julgamento acontece normalmente, com a presença de juiz, promotor e defensor público, mas sem o acusado. Um dos objetivos da norma que reformula o Código de Processo Penal é evitar a prescrição de crimes antigos, em que o réu passa a ser inimputável após 20 anos da denúncia.


De acordo com a lei, no entanto, o acusado deve saber do andamento do processo antes que o julgamento ocorra sem a presença dele. No caso de Marcelo Bauer, o TJDFT entende que ele está ciente do andamento das ações, visto que compareceu às primeiras intimações, ainda na década de 1980, antes de fugir para a Europa. Além de garantir o julgamento de réus ausentes, a norma simplifica e torna mais ágil o trabalho do Tribunal do Júri. Também elimina formalidades nas audiências, como a leitura dos processos na íntegra, por exemplo. Desde a entrada em vigor da nova legislação, o TJDFT realiza mutirões mensais para julgar todos os casos próximos da prescrição até o fim do ano.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

MENOR ASSASSINADO NO CAJE-DF FOI BARBARAMENTE ESPANCADO ANTES DE SER ENFORCADO.

CAJE-DF: UMA FACE DE TERROR E UM ABISMO QUE O GOVERNO E A SOCIEDADE DO DF PREFEREM FINGIR QUE NÃO VEEM E NÃO SENTEM.



Na última sexta feira 04 de agosto de 2011, mais um menor sob a responsabilidade do GDF, foi assassinado após ser espancado barbaramente nas dependências do CAJE-DF.
Isaias da Silva Souza Ferreira foi condenado pelo juiz da Vara de Infância e Juventude, a ficar preso no temido CAJE-DF, por causa do furto de um telefone celular. Ali onde dezenas de assassinatos já aconteceram, desde a fundação do que os pais já chamam de “filial do inferno” o jovem de 17 anos, feitos em maio deste ano e que sonhava em ser engenheiro e pastor, tocava piano, guitarra e bateria na igreja que frequentava, em Samambaia, foi assassinado por outros dois após ser espancado, e ter gritado por socorro, sendo ignorado pelos monitores que segundo declarações chegadas aos seus pais, não permitiram que o menor fosse socorrido tendo inclusive retirado da cela, outro adolescente que tentou protege-lo. Esses adolescentes, que segundo a versão apresentada pelos dirigentes do centro, e já quase totalmente desmentida por informações de familiares de outros detidos naquela unidade, utilizaram não apenas uma toalha molhada, ou uma corda segundo outra versão, e eram em número muito maior do que os dois citados, espancando Isaias até a morte, como pode ser verificado quando seu pai foi ao IML ver o corpo. Isaias foi deixado em uma cela com outros adolescentes que segundo informações, eram de maior periculosidade, tanto que disseram em seus depoimentos que “toalha molhada era ideal para este tipo de morte, por que resolvia rápido e sem deixar marcas!”  Conheça agora, o que é o inferno que abriga adolescentes, nem todos perigosos, para serem “ressocializados” pela chamada Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Distrito Federal. Assim, fica desmentida a versão oficial, de que ninguém ouviu os gritos de socorro do menor, que barbaramente espancado antes de morrer e que passa a fazer parte da macabra estatística dos 22 jovens que ali foram assassinados sob a a tutela  e responsabilidade do Governo do Distrito Federal.






domingo, 12 de junho de 2011

CHAMEM O MARCÃO...



NOSSA OPINIÃO                              
MV BILL? NÃO! CHAMEM O MARCÃO!
E por que não o Marcão do Rap? Que é daqui de Samambaia...
Brasília não tem favelas. Mas tem CUFA-Central Única de Favelas, criada há muitos anos e sucesso na cidade maravilhosa. Mas já que não temos favelas por aqui, o que se questiona é por que se paga tão caro, com estruturas, som, equipamentos, ginásio, locutores e cachês de apresentador como nesse caso, o MV Bill, que esteve em abril desse ano, na Vila Olímpica de Samambaia,falando sobre drogas, durante dois dias, (levou uma “baba”, é claro, pois não veio de graça, e se eu disser quanto, vocês ficarão brancos de raiva), aos adolescentes de nossas escolas públicas, que, aliás, foram tirados de suas aulas em dia útil, para encher a Vila Olímpica e os olhos de seus promotores, certamente mais um politico esperto de ocasião. Mas tudo pago com o que? Com o nosso rico dinheirinho, tungado diariamente de nossos impostos. 
















Ora bolas, francamente! Vamos aos fatos: Vocês já ouviu falar no “Marcão do Rap? Ou “Marcão Aborígine”? Não meus amigos, eu não tenho procuração dele para apresentá-lo aqui ou elogiá-lo. E se o faço, é por que, como samambaiense que sou, além de conhecedor profundo do trabalho que faz há tempos junto a jovens em situação de exclusão social, ou situações até mais graves, sem eufemismos, e na área cultural igualmente entre os jovens, e por que também creio firmemente ser ele um dos profissionais mais completos do rap brasiliense, além de conselheiro tutelar, eleito que foi não apenas pelo seu conhecimento musical e dotes como “rapper”, mas por toda esta base de atuação que o consagrou entre os adolescentes daqui e de outras cidades. Isto finalmente nos leva a conclusão óbvia: quer falar aos jovens sobre drogas? Chama o Marcão, convoca o Marcão! Ou se não quiserem chamá-lo ou convocá-lo, chamem outro daqui, que viva e conviva com a nossa realidade, e com os nossos jovens, os quais sabemos todos onde estão, o que fazem, e o que necessitam para se recuperar. Ou para não entrarem nesse caminho sem volta, e continuarem dentro de suas salas de aula. Mas pagar para que alguém vindo de fora explique a nós como resolver nossos problemas com adolescentes, eles que andam assoberbados com os problemas dos seus, é sumamente ridículo, levando-se em conta que nenhum dos problemas fundamentais do DF até agora sequer vislumbrou uma nesga de solução com, por exemplo, as crianças da Escola 831, que cinco meses após o inicio das aulas não receberam seus livros didáticos. O que se gastou neste evento serviria também para comprar gaze, álcool, remédios de alto e também de baixo custo , consertar elevadores dos hospitais públicos, viaturas policiais, terminar obras como o viaduto da Br-060.E prestando um pouquinho mais de educação, puxar da lembrança, algumas imagens das escolas públicas, onde as crianças vão, pensando em primeiro lugar, na refeição que vão ter, a única do dia, e com um pouquinho mais de atenção, reparar em chinelos corroídos, sem tênis ou com eles furados e sem meias, roupas em condições  de apenas serem jogadas fora, um único caderno e um toco de lápis com uma pedaço de borracha suja, e subindo nessa escala, até a esses mesmo adolescentes, perguntar-se onde estão os cursos profissionalizantes que haviam para o segundo grau, no antigo ensino profissionalizante, e  as escolas técnicas tão prometidas há tantos governos, cujas áreas terminam sendo destinadas a igrejas e entidades diversas.
E os conselheiros tutelares ainda tem que fazer greves para terem material e melhores condições de trabalho, pois  trabalham heroicamente sem   internet sem carro e sem telefone!
Enfim nada contra o senhor MV Bill, sinceramente, pois é louvável o trabalho que ele faz e digno de todo mérito e reconhecimento. Mas sinceramente, lá! Porque, parodiando as palavras do Divino Mestre, “deixemos a cada dia e a cada um, cuidar de seus mortos e basta a cada dia o seu mal”. Eles cuidam de suas favelas e nós cuidamos de nossos satélites e cada um que carregue a sua cruz, e especialmente, cumpra o que prometeu durante as eleições, mostrando a tal transparência de gastos com a coisa pública, aplicando aqui o que é daqui, e valorizando o que é daqui. Portanto, chamem o Marcão, o Zezão, o Paulão, o Pedrão, mas sejamos verdadeiros e valorizemos o que é  daqui, nossos impostos e a nossa gente. A juventude agradece e espera ter um futuro melhor. 
                                                               Dinheiro existe: falta gestão e seriedade.
                                                                                     Karlão-Sam,13 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

TENHO MEDO DE POLICIA, MAS...

ME PRENDE, ME PRENDE, ME PRENDE, ME PRENDE !!!


AÔÔÔÔÔÔ TREM BÃO.....

PARA ONDE VÃO 41 MILHÕES DE REAIS EM MULTAS DO DETRAN?
È bem provável que as suas preocupações diárias como cidadão que tem a obrigação de recolher seus impostos em dia, não lhe deixa muito espaço ou tempo para se preocupar com isso, mas é uma verdade que necessita seguramente de maiores explicações; o que é feito com os mais de 41 milhões de reais que o DETRAN arrecada por ano, em mais de 500 barreiras eletrônicas? Segundo a prestação de contas do órgão apresentada, tendo como referência o mês de julho de 2010, foram gastos menos de 8.000 reais com os programas que o órgão tem a obrigação de desenvolver, como por exemplo, sob a rubrica de Educação de Trânsito, enquanto que, com o pagamento de pessoal e outras contas, foram mais de 5 milhões de reais, o que aliás é proibido por lei.
E o que o cidadão não vê no dia a dia, a reportagem de uma emissora de tv, mostrou no último dia 17 de agosto, quando ficou em observação próximo de uma barreira, quando além de entrevistar o especialista em trânsito da Unb, Fábio Dias que se mostrou contrário em todos os sentidos, com a atual política e engenharia de trânsito atualmente em vigor  no DF,  constatou que em menos de meia hora, três veículos ultrapassaram o limite de 40 km/h, o que perfaz 86 reais por cada multa, e um total de 268 reais pelos três veículos, e isso em menos de meia hora. Fica fácil calcular o que isso quer dizer, quando se considera um total de 500 barreiras. O que causa revolta ao cidadão que arca com este faturamento milionário, nos moldes de uma verdadeira indústria de multas, no entanto, além do pouco caso com uma prestação de contas real e sincera e real, de forma transparente, é o estado lastimável em que se encontram as faixas de pedestres, semáforos, e outros itens de segurança (?) que deveriam ser notoriamente e na forma da lei, destinados à informação e segurança do cidadão, tão vigiado, filmado e explorado de todas as formas possíveis e imagináveis, sob a desculpa de fiscalização e prevenção no trânsito caótico de nossa capital.
Finalmente seria de bom alvitre, uma verdadeira auditoria naquele órgão, para se esclarecer tantos pontos nebulosos em meio a esta montanha de dinheiro arrecadada e tão misteriosamente mal usada em todo o Distrito Federal.
KARLÃO; 10.0611

http://www.notibras.com.br/novo/index.php?id=85755


Blog José Seabra

 Triângulo perigoso.
Brunelli e os mensaleiros da oposição.

Deputado-pastor da oração recebia de Leonardo Prudente, que recebia de Durval Barbosa, para repassar a deputados do PT, parte da propina que financiava o Mensalão.

O delegado de polícia Durval Barbosa, secretário de Assuntos Institucionais no governo de José Roberto Arruda, e pivô da crise do Mensalão do DEM, fez escola. Seu principal aluno, aprovado com louvor nos primeiros testes, é o ex-deputado distrital Júnior Brunelli.
Nas provas de qualificação, o deputado-pastor das orações tem como bedéu, para ajudar no dever de casa, o também ex-deputado Leonardo Prudente. Os três têm algo em comum: mantêm em rédeas curtas um grupo de deputados do PT.
Esses petistas, com assentos na Câmara Legislativa e na Câmara dos Deputados, seriam em número de quatro. Um deles, licenciado, estaria compondo a equipe do governador Agnelo Queiroz. Foi o que Brunelli teria supostamente confidenciado a um interlocutor próximo.
A triangulação envolvendo o grupo do PT e o trio que dividia o pão das propinas tinha um caminho espúrio. Durval, arrecadador-mor junto a fornecedores do governo, repassava uma parcela do dinheiro a Leonardo Prudente, então presidente da Câmara Legislativa, que transferia os valores para Júnior Brunelli.
Ao deputado-pastor cabia o encargo de envelopar a mesada - que variava de 30 a 40 mil reais - e entregar ao grupo de petistas. Para efeito de público externo, esses deputados do PT faziam oposição. Mas, quando o assunto "era relevante, de interesse da sociedade", votavam projetos mediante acordos costurados previamente com o Palácio do Buriti.
O dinheiro era entregue no escritório que Brunelli mantém até hoje no anexo da Casa da Bênção. De Durval, o deputado das orações recebeu uma aula de arapongagem. E gravou todos os encontros em seu gabinete. É o que sustenta esse seu interlocutor.
Confiantes no passado, Brunelli e Prudente têm negócios rentáveis com o grupo do PT. E conseguem manter muitos dos seus apadrinhados na esfera dos poderes Legislativo e Executivo.
Hoje, muita coisa que acontece no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa passa pelo crivo dos dois. Mesmo sem mandato, e mensaleiros confessos, eles mantêm uma fatia do poder. E brincam de fantoche com os quatro petistas que visitavam o anexo da Casa da Bênção.

20.05.2011 09:45
O deputado Olair Francisco (PTdoB), com seu jeito simples de falar, se atrapalhou ontem (19) no plenário da Câmara Legislativa, ao defender a união dos partidos em torno da gestão de Agnelo Queiroz: 

"Este deve ser um governo de colisão", disse. 

Ou será que foi isso mesmo o que ele quis dizer?

O brasileiro é assim:
- Coloca nome em trabalho que não fez.
- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
- Paga para alguém fazer seus trabalhos.
- Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
- Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
- Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
- Fala no celular enquanto dirige.
- Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.
- Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
- Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.
- Viola a lei do silêncio.
- Dirige após consumir bebida alcoólica.
- Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.
- Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
- Faz "gato " de luz, de água e de tv a cabo.
- Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.
- Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
- Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
- Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
- Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
- Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
- Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
- Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
- Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
- Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
- Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
- Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
- Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
- Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E quer que os políticos sejam honestos... Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas... Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal? E é a mais pura verdade, isso que é o pior!
Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário! Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
COMENTÁRIO;
Bem, não sei se esse texto sobre o brasileiro é seu, mas na minha humilde opinião, ele está excessivamente carregado de preconceitos. O Brasil é tão mais diversificado do que eu acho muito absurdo quando alguém insiste em transmitir esse estereótipo do brasileiro ser um povo malandro, imoral, inescrupuloso. A impressão que eu tive é que esse texto tenta justificar a desonestidade dos políticos como sendo reflexo do comportamento da sociedade. Ainda que fosse o caso de que em geral brasileiro não presta, nessas horas eu me lembro de uma frase bem espirituosa:
"Não faça na vida pública o que você faz na privada".

QUASE 1 BILHÃO DE PESSOAS COM FOME NO MUNDO; ENQUANTO OUTROS...









Jussara Seixas
Artigo de Luis Hernández Navarro, editor no jornal mexicano La Jornada, publicado no sítio português O Diário:
Os preços dos alimentos no mundo atingiram níveis recordes. A fome cresce. Os protestos também. 



Mais de 60 milhões de pessoas passam fome no mundo. Sessenta por cento são mulheres. Cada dia morrem por falta de alimentação suficiente, segundo dados da Organização das Nações Unidas, 24 mil pessoas. Na América Latina a falta de comida afeta 52,4 milhões de pessoas.
As mortes não têm a sua origem na escassez de comida, mas na pobreza e na desigualdade.
De acordo com o Fundo para a Agricultura e Alimentação (FAO), cada ano são produzidos alimentos suficientes para dar de comer a 12 bilhões de pessoas, isto é, o dobro dos habitantes do planeta, No entanto, milhões de seres humanos não podem adquiri-los porque não têm recursos para isso.
Além da morte, a desnutrição crônica também provoca um crescimento deficiente, incapacidades visuais, esgotamento, e propensão para o aparecimento de doenças. As pessoas com desnutrição grave são incapazes de trabalhar sequer a um nível básico.






Ironicamente, milhões de pessoas no mundo sofrem de excesso de peso. Em 2015 esse número crescerá 50 por cento. 




Cerca de 300 milhões são clinicamente obesas. Cada ano morrem 2,6 milhões de pessoas por excesso de peso ou por obesidade. O mal atingiu proporções endêmicas à escala mundial. Longe de diminuir, cresce.
Alguma coisa deve estar muito mal no sistema alimentar mundial quando um terço da população sofre graves problemas alimentares, seja por escassez de comida ou por uma deficiente alimentação.
Esta distorção provém, em grane parte, da forma como se produzem, distribuem e consomem os alimentos. A agricultura industrializada e a monopolização dos mercados, o uso intensivo de maquinaria e água, a utilização de sementes híbridas patenteadas em detrimento das nativas, a aplicação de agro-quimicos e a prática do monocultivo criaram um monstro.

Esse monstro tem na produção industrializada de milho, de soja e carne de vaca três dos seus principais esteios. Se durante muitos anos se confrontaram as civilizações do trigo, do arroz e do milho, hoje é esmagadora a expansão das sementeiras de milho e soja, muitas com base em sementes geneticamente modificadas.
O preço do milho nos Estados Unidos duplicou nos últimos seis meses. Aumentará ainda mais no próximo ano em resultado da especulação financeira, da queda dos stocks e da sua utilização no fabrico de biocombustíveis. O nosso vizinho do norte [EUA] é o principal produtor e exportador de cereal do mundo, e o nosso principal abastecedor. O que acontece dentro da sua fronteira agrícola tem repercussões nos mercados mundiais e afecta-nos a todos.
As reservas de grãos em Washington encontram-se ao nível mais baixo dos últimos 15 anos. A exigência crescente de cereal para a produção de etanol é a causa principal desta diminuição. Para fazer cinco litros de biocombustível são preciso 230 quilos de milho, quantidade que alimentaria uma criança durante um ano. A indústria de agro-carburantes planeja aumentar este ano a compra de milho em 8,4 por cento.
O preço do milho tem impacto no custo de muitos outros alimentos. Este cereal é simultaneamente matéria-prima para fazer uma grande variedade de produtos comerciais e comida. É o adoçante preferido das empresas de refrigerantes e a base para produzir muitos batoques. E também alimenta pessoas, porcos, galinhas e vacas, apesar do gado vacum se ter originalmente engordado em pastos. É um dos pilares da comida rápida. E agora até faz movimentar os automóveis.
O milho tornou-se na principal fonte de energia vegetal. Ainda que não se reconheçam como tal, os Estados Unidos transformaram-se, à sua maneira, num povo de milho… geneticamente modificado.
A sua produção está apoiada em abundantes subsídios estatais. As subvenções ao seu cultivo representam quase a quarta parte dos pagamentos federais aos fazendeiros: uns 19 bilhões de dólares.
A gramínea é a cultura mais importante do México. Em 2010 colheram-se quase 24 milhões de toneladas numa superfície de 8,5 milhões de hectares. É a cultura com maior número de produtores: 3,2 milhões, na sua maioria ejidales [1] (só há 4 milhões de produtores agrícolas no país). Cerca de 90 por cento da colheita é de milho branco e destina-se ao consumo humano.
O aumento do preço do milho afetará gravemente a dieta popular. Este cereal é o elemento central na identidade de múltiplos grupos subalternos, sustento permanente da população camponesa e alimento barato de milhões de trabalhadores assalariados urbanos.
Ainda que diga o contrário, o governo mexicano não está preparado para enfrentar a atual escalada de preços. A situação agravou-se consideravelmente com as geadas que estragaram o ciclo Outono-Inverno (o mais importante) em Sinaloa, o principal Estado produtor da gramínea. No país não há inventários suficientes. Para garantir o abastecimento há que recorrer à importação, numa momento de preços elevados, redução dos inventários e fronteiras fechadas.
Como aconteceu noutras partes do mundo, a carestia da vida no México incubará um maior descontentamento. O cinismo das autoridades que recusam reconhecer a gravidade do assunto e a sua responsabilidade avivará ainda mais esse mal-estar.
Nota do tradutor:
1- Trabalhador de um ejido, fracção de terra entregue aos agricultores para exploração coletiva durante a reforma agrária mexicana.



* Tradução de José Paulo Gascão.