E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?

E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?
Pagando para ser protegido e tendo que enfrentar os bandidos!

domingo, 12 de junho de 2011

CHAMEM O MARCÃO...



NOSSA OPINIÃO                              
MV BILL? NÃO! CHAMEM O MARCÃO!
E por que não o Marcão do Rap? Que é daqui de Samambaia...
Brasília não tem favelas. Mas tem CUFA-Central Única de Favelas, criada há muitos anos e sucesso na cidade maravilhosa. Mas já que não temos favelas por aqui, o que se questiona é por que se paga tão caro, com estruturas, som, equipamentos, ginásio, locutores e cachês de apresentador como nesse caso, o MV Bill, que esteve em abril desse ano, na Vila Olímpica de Samambaia,falando sobre drogas, durante dois dias, (levou uma “baba”, é claro, pois não veio de graça, e se eu disser quanto, vocês ficarão brancos de raiva), aos adolescentes de nossas escolas públicas, que, aliás, foram tirados de suas aulas em dia útil, para encher a Vila Olímpica e os olhos de seus promotores, certamente mais um politico esperto de ocasião. Mas tudo pago com o que? Com o nosso rico dinheirinho, tungado diariamente de nossos impostos. 
















Ora bolas, francamente! Vamos aos fatos: Vocês já ouviu falar no “Marcão do Rap? Ou “Marcão Aborígine”? Não meus amigos, eu não tenho procuração dele para apresentá-lo aqui ou elogiá-lo. E se o faço, é por que, como samambaiense que sou, além de conhecedor profundo do trabalho que faz há tempos junto a jovens em situação de exclusão social, ou situações até mais graves, sem eufemismos, e na área cultural igualmente entre os jovens, e por que também creio firmemente ser ele um dos profissionais mais completos do rap brasiliense, além de conselheiro tutelar, eleito que foi não apenas pelo seu conhecimento musical e dotes como “rapper”, mas por toda esta base de atuação que o consagrou entre os adolescentes daqui e de outras cidades. Isto finalmente nos leva a conclusão óbvia: quer falar aos jovens sobre drogas? Chama o Marcão, convoca o Marcão! Ou se não quiserem chamá-lo ou convocá-lo, chamem outro daqui, que viva e conviva com a nossa realidade, e com os nossos jovens, os quais sabemos todos onde estão, o que fazem, e o que necessitam para se recuperar. Ou para não entrarem nesse caminho sem volta, e continuarem dentro de suas salas de aula. Mas pagar para que alguém vindo de fora explique a nós como resolver nossos problemas com adolescentes, eles que andam assoberbados com os problemas dos seus, é sumamente ridículo, levando-se em conta que nenhum dos problemas fundamentais do DF até agora sequer vislumbrou uma nesga de solução com, por exemplo, as crianças da Escola 831, que cinco meses após o inicio das aulas não receberam seus livros didáticos. O que se gastou neste evento serviria também para comprar gaze, álcool, remédios de alto e também de baixo custo , consertar elevadores dos hospitais públicos, viaturas policiais, terminar obras como o viaduto da Br-060.E prestando um pouquinho mais de educação, puxar da lembrança, algumas imagens das escolas públicas, onde as crianças vão, pensando em primeiro lugar, na refeição que vão ter, a única do dia, e com um pouquinho mais de atenção, reparar em chinelos corroídos, sem tênis ou com eles furados e sem meias, roupas em condições  de apenas serem jogadas fora, um único caderno e um toco de lápis com uma pedaço de borracha suja, e subindo nessa escala, até a esses mesmo adolescentes, perguntar-se onde estão os cursos profissionalizantes que haviam para o segundo grau, no antigo ensino profissionalizante, e  as escolas técnicas tão prometidas há tantos governos, cujas áreas terminam sendo destinadas a igrejas e entidades diversas.
E os conselheiros tutelares ainda tem que fazer greves para terem material e melhores condições de trabalho, pois  trabalham heroicamente sem   internet sem carro e sem telefone!
Enfim nada contra o senhor MV Bill, sinceramente, pois é louvável o trabalho que ele faz e digno de todo mérito e reconhecimento. Mas sinceramente, lá! Porque, parodiando as palavras do Divino Mestre, “deixemos a cada dia e a cada um, cuidar de seus mortos e basta a cada dia o seu mal”. Eles cuidam de suas favelas e nós cuidamos de nossos satélites e cada um que carregue a sua cruz, e especialmente, cumpra o que prometeu durante as eleições, mostrando a tal transparência de gastos com a coisa pública, aplicando aqui o que é daqui, e valorizando o que é daqui. Portanto, chamem o Marcão, o Zezão, o Paulão, o Pedrão, mas sejamos verdadeiros e valorizemos o que é  daqui, nossos impostos e a nossa gente. A juventude agradece e espera ter um futuro melhor. 
                                                               Dinheiro existe: falta gestão e seriedade.
                                                                                     Karlão-Sam,13 de junho de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário