E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?

E A SEGURANÇA DO CIDADÃO,PAGADOR DE IMPOSTOS, ONDE ESTÁ?
Pagando para ser protegido e tendo que enfrentar os bandidos!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

É DRAMÁTICA A SITUAÇÃO DOS PRESOS NA PAPUDA DF!


É DRAMÁTICA A SITUAÇÃO DOS PRESOS NA PAPUDA!
Será que os xerifes que comandam o sistema penitenciário do DF, na sua vara de execuções penais sabem disso?
Os presos estão proibidos de receber qualquer tipo de alimento por parte de seus familiares, incluindo, qualquer tipo de frutas.
E aquela deputada, do PT, que apesar do partido que a reelegeu,Será que os xerifes que comandam o sistema penitenciário do DF, na sua vara de execuções penais sabem disso?
Os presos estão proibidos de receber qualquer tipo de alimento por parte de seus familiares, incluindo, qualquer tipo de frutas.
E aquela deputada, do PT, que apesar do partido que a reelegeu, e que tem um grande coração e se preocupa em humanizar ou suavizar dentro dos limites mínimos de humanidade a  situação caótica dos presídios do DF, mesmo que eles tenham errado e tenham que pagar por isto, e que neste dias de fim de desgoverno Agnelo, estão passando tomem nota, literalmente, a arroz e batatas, isto mesmo, arroz e batatas, estão vendo as doações que elas manda, serem desviadas e vendidas?
Depois não digam que não foram visados!

A POLÊMICA DOS “SAIDÕES”
Brasília – A saída temporária de fim de ano beneficiou  em 2013, 1.294 detentos no Distrito Federal.

No dia 24 de dezembro de 2013, a presidenta Dilma Rousseff concedeu o indulto natalino aos condenados a até doze anos que tinham cumprido um terço da pena e não eram reincidentes; aos detentos que tinham mais de 60 anos ou que tenham filhos com menos de 18 anos.

Pessoas com deficiência também foram beneficiadas com o indulto concedido após o Ministério da Justiça ter acolhido pedido do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
O Complexo Penitenciário da Papuda é composto pelo Centro de Detenção Provisória, pelo Centro de Internamento e Reeducação, pelas penitenciárias de segurança máxima I e II, destinadas a presos no regime fechado.
O Centro de Progressão Penitenciária, para o regime semi-aberto, e a Penitenciária Feminina também fazem parte do complexo.
Os presos beneficiados pelo “saidão” de Natal, que cumprem pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, reclamaram que, diferentemente dos demais detentos, os condenados do mensalão recebem visitas na área administrativa da cadeia e “são bem tratadinhos”.
O primeiro ônibus com os beneficiados saiu às 9h22 do presídio com destino à Rodoviária do Plano Piloto.


O clima era de euforia no veículo lotado. Uma das primeiras palavras gritadas por um dos detentos foi “feliz Natal” e “o mensalão tá aí”.
Almir Mendes, de 60 anos, condenado por tráfico de drogas, informou que ele e outros presos precisaram ser removidos das celas. “Tiraram a gente de umas celas para colocar os presos do mensalão. Não encontro o grupo com frequência, mas já vi todos a distância.
A visita deles é na administração. Eles estão sendo bem tratadinhos. Os outros são numa área externa”, afirmou. Ele defendeu que todos os detentos precisam de cuidado. “A pessoa presa tem que ser bem tratada mesmo. A prisão já é uma punição. Estou muito feliz por poder passar o Natal com minha família. Tenho certeza de que vou partir para outra. O crime não compensa”, disse enquanto esperava o ônibus para visitar a família em Samambaia.
Os principais condenados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão estão presos na Papuda desde 16 de novembro. Como eles não cumpriram o mínimo de um sexto da pena, não têm direito ao benefício de passar o Natal com a família. “
A gente se cruza lá dentro. Ficamos na ala do lado da deles. Mas eu vou falar uma coisa para você: não gosto dos camaradas.
Eles são os verdadeiros serial killers do país”, afirmou José Mourão Farias, de 63, um dos contemplados pela liberação da penitenciária.
Ele preferiu não comentar sobre os crimes que teria cometido. Disse apenas que cumpre pena de três anos e três meses. “Agora só falta um ano”, comemorou, ao ver o filho que o aguardava de carro do lado de fora do complexo. Segundo o detento, a maioria dos presos de sua ala trabalha durante o dia e, por isso, eles têm pouco contato com os condenados do mensalão.
Nada de ceia Algumas pessoas que estiveram na porta da Papuda para receber os parentes se decepcionaram ao ver que eles não estavam na primeira leva de presos.
Mães choraram achando que os filhos não viriam mais. Porém, outros ônibus saíram da penitenciária.
No total, segundo a Secretaria de Segurança Pública, 1.328 presos foram beneficiados no “saidão”, incluindo 200 mulheres, que deixaram a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, no Gama, conhecida como Colmeia.
“Estou muito feliz com a saída do meu irmão. É o primeiro saidão dele em quatro anos de prisão. Vamos passar o Natal com a família”, contou uma irmã que preferiu não se identificar.
O primeiro ônibus com 40 presos, todos de branco, chegou à Rodoviária do Plano Piloto às 9h50. Assim que o veículo parou, os detentos comemoraram. Muitos gritaram ao descer do coletivo. O ônibus chegou escoltado por duas patrulhas da Polícia Civil. Um grupo de policiais militares acompanhou a dispersão a distância.
O detento Jorge Muniz, de 33, disse que observa com frequência condenados do mensalão que estão no semiaberto. “Eu vejo sempre eles de longe. Não tenho muito contato. Não sei se eles estão tendo privilégios”, afirmou. Jorge cumpre pena por assalto e vai passar o Natal com a família em Samambaia. “O clima lá dentro está normal como sempre”. A Secretaria de Segurança Pública informou que os presos não terão direito à ceia de Natal. O cardápio é o de sempre: arroz, feijão, salada, carne e um suco.
AS AMEÇAS DE REBELIÃO POR CAUSA DOS “MENSALEIROS” E SEUS PRIVILÉGIOS.
Uma suposta ameaça de fuga e rebelião  na Papuda, na próxima terça-feira, véspera do Natal, foi denunciada por três juízes substitutos da Vara de Execuções Penais (VEP) do DF. O clima de tensão teria sido provocado pela chegada dos presos do mensalão.
Os magistrados também denunciaram uma sabotagem por parte dos agentes penitenciários. Embora os servidores do presídio neguem envolvimento no caso, admitem que há uma fragilidade na segurança causada pelo deficit de servidores.
O caso foi noticiado pelo  jornal O Globo.  A assessoria de imprensa do TJDFT confirmou ao Jornal de Brasília os pedidos de transferência dos juízes, mas explicou que a solicitação foi negada pelo   vice-presidente, desembargador Sérgio Bittencourt. Depois, as denúncias foram encaminhadas à presidência do tribunal. 

Segundo os autores do pedido, o clima de inquietude no presídio foi causado pelas regalias concedidas aos presos do mensalão. Entre os privilégios estava um dia especial de visitas, às sextas-feiras, sem enfrentar filas. Porém, a deliberação foi derrubada pelos   juízes substitutos da VEP, uma vez que eles deveriam receber tratamento igualitário ao dos outros presos.
De acordo com o subsecretário Cláudio de Moura Magalhães, da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe),  não existem privilégios aos presos do mensalão.
“O que existem são regalias aplicadas para todos os detentos que têm bom comportamento”, argumenta.
Magalhães ressalta que o tratamento “diferenciado” tinha como objetivo garantir a segurança dos detentos. “Os parlamentares, bem como ex-policiais, são pessoas em situação de vulnerabilidade e possíveis vítimas de sequestro”, diz.
Fugas
O subsecretário explicou que os assuntos referentes às rebeliões são tratados com frequência pela Sesipe.  “Existe um núcleo de inteligência em cada presídio e a Gerência de Inteligência da Sesipe, com o objetivo de apurar fugas e rebeliões. Não tenho conhecimento de sabotagem nem de rebelião. Na reunião da semana passada, discutimos vários assuntos, inclusive sobre inteligência e rebelião. Mas isso ocorre o tempo todo, não houve uma reunião específica com essa finalidade”, concluiu.
Efetivo é insuficiente, diz sindicato
A possibilidade de participação de agentes em uma   suposta rebelião é descartada pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Leandro Alan Vieira. “O sindicato repudia essa acusação. Os servidores do DF jamais participariam disso”, assegura.
Ele confirma que os boatos  são rotineiros. “Todos os anos, quando se aproxima do Natal ou Ano Novo,  essa ameaça surge. Portanto, não há qualquer ligação com a chegada dos mensaleiros”, diz.
Por outro lado, Vieira destaca que a vigilância dentro da Papuda é prejudicada devido ao baixo número de agentes penitenciários. “Hoje temos 1,5 mil servidores e 12,5 mil detentos. Precisaríamos de, no mínimo, mais mil. Estamos no nosso limite”, pontua.
Segundo ele, somente em 2013 foram evitadas quatro tentativas de fuga. “A estrutura é péssima, as paredes são muito frágeis, mas mesmo assim conseguimos impedi-las.
Como temos essa deficiência de servidores, precisamos redobrar a atenção”, disse.

Ponto de Vista

Para o especialista em segurança pública da Universidade Católica de Brasília (UCB)  Nelson Gonçalves, um dos principais problemas neste caso é a ideia de tratamento diferenciado. “Isso provocou um descontentamento de toda a massa carcerária e talvez até dos agentes penitenciários”, afirmou. “Uma outra questão é a precariedade do sistema.

Ele está sobrecarregado. O número de detentos é muito superior ao que a penitenciária pode atender. Esses são os elementos necessários para criar um clima de insatisfação”, analisa. Para solucionar a situação, o especialista recomenda uma revisão nos procedimentos. 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PRESÍDIO DA PAPUDA: GREVE DE AGENTES PENITENCIÁRIOS DEIXOU O BRASILIENSE APREENSIVO

PRESÍDIO DA PAPUDA:
Lotação máxima; 8.000 detentos;
Estado atual: 14.000 detentos.
Talvez você não saiba, mas o Brasil tem hoje mais de 700 mil encarcerados cumprindo suas penas, ou até mesmo em alguins casos, com elas já vencidas, e nos custam mais de 2.000 reais ao mês cada uma de les!



Um caldeirão prestes a explodir, e sobre o qual misteriosamente nada se fala, nem em debates políticos, planos e propostas de governos e que se deteriora a cada dia.
Informações ao nosso blog, dão conta de que nem os alimentos levados pelas famílias estão sendo permitidos a entrada.
E lá dentro, os presos tem que se virar com dinheiro para comer algo mais decente do que a comida que lhes é servida.
Opiniões ácidas, pessoais e pré julgadoras à  parte, sobre "bandido tem que morrer", "lugar de bandido é na cadeia", etc...etc... e outras conexas, fica só uma pergunta:
Onde e o que vai acontecer lá dentro quando estourar uma rebelião, se lembrarmos de outros fatos parecidos que tem acontecido em todo o Brasil?
Mata-se todos? Os de maior ou menor grau de condenação, com crimes hediondos ou não?
Estamos falando da capital do Brasil, onde a repercussão de fatos parecidos como em Pedrinhas, no Maranhão alcançou níveis internacionais de condenação!
Pagar pelos erros é obrigação e ninguém em sã consciência discute isso, e nem quer exigir tratamento 5 estrelas, mas condições degradantes, o que sabido, não recuperam ninguém! 
E a última greve dos agentes penitenciários deixou o brasiliense em estado de alerta e preocupação, uma vez que até hoje não foram bem explicados as fugas ali ocorridas há mais de um ano.

Privar o indivíduo da liberdade sim, é o que diz a Lei; mas deixa-lo a mercê de vontades excusas, na permissão para ser tratado e abandonado apenas como animal encarcerado. pode ser perigoso, especialmente quando se sabe que sempre tem alguém que surge como aproveitador do momento para abusar dos familiares que ficam de fora e vão lá apenas uma vez ou duas no mês.
E quantos ilustres presos políticos:

(Será que eles também vão receber, baldes de água gelada na cara de madrugada, 1 hora de sol, mas de joelhos por castigo por indisciplina, comida fria as vezes até com baratas dentro, porradas se não correrem para as celas logo depois que as visitas forem embora, e visitas íntimas no parlatório debaixo de gritos como "anda logo", "goza logo porra", " a fila quer andar meu camarada" e outros mais "gentis"?)

Karlão-Sam.



quinta-feira, 30 de outubro de 2014

SANDRÃO CASOU-SE COM SUZANÃO RICHTTOFFEN NO PRESIDIO DO TREMEMBÉ EM SÃO PAULO


Sandra Regina, mulher de Suzane, tem um antecedente criminal bastante pesado na sua ficha. Em outubro de 2003, Sandrão como é conhecida na penitenciária de Tremembé, participou do sequestro de um adolescente em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) com três homens.
"SANDRÃO" AGORA É O MARIDO DE SUZANE RICHTTOFFEN!





PRESÍDIO DO TREMEMBÉ TEM ATÉ DESFILE DE MODAS PAREA AS PRESAS, COORDENADAS POR "SANDRÃO"

A vítima foi Talisson Vinicius da Silva Castro, 14. Ele era vizinho de Sandra.
Segundo investigação da polícia e Ministério Público, era Sandra (também conhecida como Galega) a responsável por fazer as ligações ameaçadoras à família.
O pedido de resgate foi de R$ 40 mil, mas acabou reduzido para R$ 3.000. Quando a família efetuou o pagamento, o menino já estava morto com um tiro na cabeça.
O corpo do adolescente foi encontrado no dia seguinte em um terreno baldio.
A vítima estava amordaçada com uma echarpe feminina, que a polícia acredita ser de Sandra, e amarrada pelos punhos e tornozelos com cadarços. A cabeça estava coberta com um saco plástico preto.
Para policiais, o bando nunca teve a intenção de devolvê-lo com vida até porque ele conhecia os criminosos. Ao lado do corpo da vítima foi encontrada sua pasta escolar, diz trecho da decisão judicial que condenou a sequestradora a 27 anos de prisão pena posteriormente reduzida a 24 anos.
Em fevereiro de 2011, no centro de ressocialização de São José dos Campos (a 97 km da capital), Sandra agrediu um agente penitenciário.
Em razão dessa ocorrência na prisão, acabou condenada a três meses e 15 dias de detenção. No mesmo mês, a sequestradora foi transferida para a penitenciária de Tremembé.
A agressão ao agente foi considerada uma falta grave no sistema prisional. Por isso, comprometeu sua progressão para o regime semiaberto.
MESTRE DE CERIMÔNIAS
Em Tremembé, apesar da fama de barra pesada, Sandra participa de eventos organizados para as detentas.
Em um concurso de beleza das presidiárias, por exemplo, ela ajuda a conduzir as candidatas pela passarela como mestre de cerimônia. Nesses eventos, costuma usar traje à rigor, fraque e gravata borboleta. No dia a dia, se veste como homem.
Sandra confessou sua participação no crime, mas alegou ter sido obrigada por um dos comparsas, no que a Justiça não acreditou. Segundo Sandra, em seu depoimento, ela não queria a morte do menino, embora admita não ter agido como poderia para impedir que isso ocorresse.
Suzane fez o reconhecimento de seu relacionamento afetivo com Sandra. As duas estão morando juntas na cela das casadas com mais oito casais.
Até o começo ano, Sandra era companheira de Elize Matsunaga, 32, presa pela morte e esquartejamento do marido Marcos Kitano Matsunaga, 41, em junho de 2012.
Por isso, ela precisou esperar seis meses para poder voltar a morar na cela especial uma norma criada pela direção da unidade.
Outras duas regras para os casais: são proibidas brigas e traições.

E a propósito, vejam que ótima matéria para o casal de pombinhos!
ESTUDO INOVADOR REVELA QUE CASAL QUE DORME EM CAMAS SEPARADAS PODE SER MAIS FELIZ

Um casal que mora junto, dorme junto. Essa, em tese, é a ordem natural das coisas em um relacionamento. Mas, de acordo com a consultora do sono Renata Federighi, essa, nem sempre, é a fórmula da felicidade. Ela afirma isso baseada em um estudo da Universidade da Califórnia, que avaliou vários casais e chegou à conclusão que quem dorme mal tende a ter mais brigas e ser mais egoísta. Por isso, quem sofre com problemas de convivência à noite, no quarto, pode manter uma relação mais harmoniosa se decidir dormir em camas separadas.
Sono X Relacionamento
A forma como cada pessoa dorme pode afetar a vida de um casal. “Algumas das queixas mais comuns entre os casais estão associadas aos distúrbios do sono, como a insônia, o ronco e apneia. Além disso, ainda existem dificuldades como a diferença no horário de se deitar e acordar; se o outro tem o hábito de usar o computador, ler ou assistir televisão, enquanto o companheiro tenta dormir; se um só dorme em ambientes escuros e o outro só consegue com um abajur; a briga pelo lençol; a constante movimentação à noite; entre tantos outros fatores que complicam a afinidade de uma vida a dois na cama”, explica a profissional da Duoflex.
A pesquisa comentada por Renata, divulgada em um encontro de psicólogos em Nova Orleans, nos Estados Unidos, ouviu 60 casais formados por pessoas entre 18 e 56 anos, que demonstraram como a insatisfação na hora de dormir pode gerar conflitos. Isso acontece porque dormir pouco torna as pessoas mais egoístas graças à falta de humor e ao cansaço. Assim, no dia seguinte, elas se mostram pouco preocupadas com o parceiro, que passa a se incomodar com a situação.
Dormir junto ou separado?
Para Renata Federighi, caso o casal não consiga se entender dividindo a cama, dormir em camas separadas pode ser a solução para o relacionamento. “Já foi comprovado que aqueles que possuíam dificuldade em dormir com outro, tiveram um sono 50% melhor quando separaram as camas”, garante.
Folha.Com.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

MORRE COMANDANTE DA UPP NOVA BRASÍLIA NO RIO DE JANEIRO

COMANDANTE DA UPP NOVA BRASÍLIA,MORTO EM TIROTEIO, SERÁ ENTERRADO HOJE.

 



O corpo do comandante da Unidade de Polícia Pacificadora ( UPP) Nova Brasília, no Complexo de Favelas do Alemão, capitão da Polícia Militar (PM), Uanderson Manoel da Costa, 34 anos, será enterrado às 16h, no mausoléu  da corporação, no Cemitério Parque Jardim da Saudade, na Sulacap, zona oeste do Rio.
O militar foi ferido por um tiro no peito por volta das 17h30 de ontem (11), durante confronto com homens armados no Largo da Vivi. Ele foi socorrido na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão e transferido às pressas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O oficial morreu durante cirurgia. Ele estava sem colete de proteção no momento em que foi baleado.
Sessenta homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e de outras UPPs da região fazem buscas para localizar os atiradores.
O capitão Uanderson estava há 11 anos na PM e comandava a UPP Nova Brasília há três meses. Ele era casado com uma oficial da PM e deixou uma filha de 7 anos.
O governador Luiz Fernando Pezão lamentou a morte do capitão que morreu trabalhando em defesa da paz dos moradores do Alemão. "Em momentos como esse, temos ainda mais determinação para não recuar e manter nosso compromisso com a pacificação, que reduziu a taxa de homicídios nas comunidades”. O governador reafirmou que a política de pacificação veio para ficar.
"Hoje, [sexta-feira] vamos formalizar a permanência do Exército na Maré para dar continuidade ao processo de pacificação com a futura instalação de UPPs. As unidades têm sofrido ataques de marginais que tentam, a todo custo, desmoralizar o programa. Tentativas como essa não nos intimidam", alertou.



Tropas do Exército e dos fuzileiros navais ocupam, desde abril deste ano, o Complexo da Maré para a instalação de UPPs nas comunidades mais violentas do Rio. O convênio com o Ministério da Defesa já foi prorrogado até o dia 31 de outubro e será estendido por mais um período.
Devido ao tiroteio de ontem, o teleférico do Complexo do Alemão ficou fechado desde as 17h50, por medida de segurança. Hoje voltou a funcionar normalmente a partir das 6h. Apenas uma escola da rede municipal de educação não terá aula na comunidade.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VEJA COM O ESTÁ O ESTUPRADOR ASSASINO DE UMA CRIANÇA DE 1 ANO E 8 MESES EM BRASÍLIA!

 Um caso de um padrasto que estuprou o enteado de 1 ano e 8 meses que aconteceu no fim de março deixou a população de Brasília indignada.
O professor de jiu-jitsu Daryell Dickson Menezes Xavier espancou e estuprou o enteado no fim de março em Taguatinga cidade satélite de Brasília.
No dia 1º de abril o estuprador se apresentou com advogados a polícia foi ouvido e esta cumprindo prisão temporária de 30 dias.





























A mãe da criança publicou vários desabafos aqui no facebook vejam, "Agora nesse momento eu abro minha boca a todos! Não amenizei minha dor, mas comecei a fazer justiça à minha própria paz, ao meu próprio coração.
Cara a cara com o assassino do meu neném! Eu o repudio!", escreveu. 
Ela ainda disse, "Eu entreguei minha vida e a do meu filho pra esse homem cuidar, eu acreditei no amor e na bondade dele, eu o apoiei, eu o amei, e aceitei seus defeitos sem saber que ele era algo muito pior, minha família inteira se encantou por ele, fomos acolhidos e acolhemos ele e seu filho", relata Gabrielle Estrela no texto. 
Fotos divulgadas hoje mostram o autor sendo medicado após ter sido estuprado e segundo informações ainda com pontos no fiofó ele foi abusado de novo na cadeia por presos revoltados com ele...

Na delegacia, Daryell disse a ex esposa que estava possuído pelo demônio quando isso aconteceu. Apesar dele ter falado isso e agentes terem ouvido isso não pode ser acrescentado ao depoimento somente se ele declarar por escrito... Informações deram conta que na cela onde estava ele disse que era professor de jiu jitsu e que se caso alguém fizesse graça poderia se dar muito mal, ao que parece uns 20 juntarem nele e fizeram um estrago no autor. 

wellingtonmartinsdaestrutural.blogspot.

terça-feira, 8 de julho de 2014

SE VOCÊ PENSA QUE TODO BANDIDO É BURRO E ANALFABETO, CONHEÇA A HISTÓRIA DESSE HOMEM QUE DEIXA ATÔNITO TODO O SISTEMA DE SEGURANÇA DE SÃO PAULO.




(Entrevista dada ao Jornal O GLOBO por "Marcola", o líder do PCC. 

- Você é do PCC?
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível... vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria...
O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução que nunca vinha... Que fizeram? Nada.
O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas...
Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...
- Mas... A solução seria...
- Solução? Não há mais solução, cara...
A própria ideia de "solução" já é um erro.
Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como?
Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice
(Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições.
Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até Conference Calls entre presídios...)
E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.
- Você não têm medo de morrer?
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar..
Mas eu posso mandar matar vocês lá fora... Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo...
Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. 

Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês.
A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós!
Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. 
Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante...
Mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. 
Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. 
Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. 
Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas "com autorização da Justiça"?
Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, Internet, armas modernas.
É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
- O que mudou nas periferias?
- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda?
Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado?
Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas"... Ha, ha...
Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos.
Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados.
Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor.
Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais.
Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
- Mas o que devemos fazer?


- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? 
Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... 
O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas.
O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também "umazinha", daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?
- Mas... não haveria solução?
- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma.
Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do Insolúvel. 
Só que nós vivemos dele e vocês... não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução.
Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema.

Como escreveu o divino Dante: *"Lasciate ogni speranza voi che entrate!" *Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.


A HISTÓRIA DE MARCOLA E SEUS


LIDERADOS.

ASSIM AGE O PCC DE MARCOLA.


A estranha ascensão de Marcola
O criminoso derrubou antigos aliados e se tornou o líder máximo do PCC graças a uma informação que sua ex-mulher passou para a polícia
Solange Azevedo
PUNIÇÃO Marcola, 41 anos, passou mais da metade da vida na cadeia. Nesta semana, deve ser julgado pela morte do juiz Machado Dias
 A história do autoproclamado Primeiro Comando da Capital (PCC) - facção que domina os presídios paulistas e ordena crimes nas ruas já foi contada centenas de vezes em reportagens e livros. Uma informação valiosa sobre as sucessivas disputas internas da quadrilha, no entanto, até agora havia passado despercebida e estava condenada a empoeirar nos escaninhos da Justiça: foi Ana Maria Olivatto, ex-mulher e advogada de Marcos Willians Herbas Camacho - o poderoso "Marcola" -, quem forneceu o número do celular de César Augusto Roriz Silva, um dos fundadores do PCC, para a polícia grampear. Conhecido como "Cesinha", ele e outros importantes na hierarquia bandida tinham sido levados para cadeias fora de São Paulo. O ano era 2002. E o governo paulista acreditava que, com os líderes distantes, a facção morreria. Um engano. Espalhados pelo País, eles se associaram aos criminosos locais. Por telefone, continuaram comandando o PCC.

Quando Ana resolveu "ajudar", a polícia sabia muito pouco sobre a estrutura da facção. A megarrebelião que sacudiu 29 presídios no Estado, primeira demonstração pública de força do PCC, havia ocorrido no ano anterior. Desde então, uma porção de centrais telefônicas tinha sido descoberta e dezenas de bandidos ligados ao grupo jogados atrás das grades. Mas os investigadores ainda não haviam fechado o quebra-cabeça. Ao monitorar as conversas de Cesinha, as intrincadas relações entre os marginais e a cadeia de comando se tornaram claras. A fundamental contribuição da ex-mulher de Marcola foi revelada pelo delegado Ruy Ferraz Fontes durante uma audiência na 12ª Vara Criminal de São Paulo. O depoimento consta do processo em que Marcola e alguns de seus companheiros respondem por formação de quadrilha.





















RELACIONAMENTO Ana e Marcola ficaram juntos por 11 

anos. Quando morreu, ela ainda estava apaixonada.

RELACIONAMENTO 
Ana e Marcola ficaram juntos por 11 anos. Quando morreu, ela ainda estava apaixonada.
Cesinha foi grampeado quando estava preso em Bangu, no Rio de Janeiro. Dividia a cela com um detento de apelido "Chapolim", então braço direito do traficante Fernandinho Beira-Mar.
Foi ali que a associação entre o PCC e o Comando Vermelho vingou. Se de um lado Cesinha ganhou por ter firmado nova parceria no submundo, do outro caiu em desgraça porque virou um dos principais alvos da polícia.
Mas por que Ana o entregou? Primeiro ela se justificou dizendo que Cesinha a assediava, depois que fizera aquilo a pedido de Marcola. Interceptações telefônicas mostram que, naqueles tempos, Marcola andava ligando para o grupo de Fernandinho Beira-Mar para pedir, dinheiro emprestado. 
Estava com os bolsos vazios. Marcola teria traído o chefe Cesinha para lhe tomar o posto e se reerguer financeiramente? Qual das duas versões de Ana é a verdadeira?
A única pessoa capaz de dar essas respostas talvez seja o próprio Marcola. Ana foi abatida a tiros em outubro de 2002, na porta de sua casa, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a polícia, morreu por ordem de Aurinete Félix da Silva, mulher de Cesinha. A motivação do crime permanece obscura. 
O único fundador do PCC ainda vivo - José Márcio Felício, o "Geleião" - conta que Cesinha desconfiava que Ana estivesse passando informações da quadrilha para a Secretaria da Administração Penitenciária e mandou Aurinete encomendar o assassinato. 
Cesinha teria desistido da ideia, mas Aurinete não suspendeu a ordem porque Ana teria ameaçado contar a Cesinha que ela tinha um amante. Cesinha controlava a mulher com punhos de ferro. Ao menor deslize, a espancava.
O PCC vivia dias tensos. Cesinha e Geleião eram os principais líderes da facção, estavam isolados e só podiam contar com as mulheres para ditar as regras aos subordinados. Aurinete e Petronilha, fiel companheira de Geleião, criaram uma espécie de poder feminino e começaram a disputar o posto de primeira-dama.
As ordens de uma eram desautorizadas pela outra. 
Ana tentava se manter afastada dessa rivalidade. Já estava separada de Marcola, mas seguia aparando os problemas do ex-marido como advogada e ainda se dizia apaixonada. Quando foi assassinada, ela se preparava para um encontro com Geleião e Cesinha em que contaria as façanhas das patroas.



A SANGUE-FRIO O juiz-corregedor Machado Dias foi assassinado em 2003 a mando do PCC.

Com o assassinato de Ana, o PCC rachou. Cesinha foi expulso pelo envolvimento no homicídio e Geleião por tentar livrar Petronilha da prisão e diminuir a própria pena delatando nomes, estrutura e ações do grupo. Foram jurados de morte. Cesinha acabou executado, mas teria sido vítima de um suposto aliado. A dupla derrocada alçou Marcola ao posto mais alto da organização criminosa. Publicamente, no entanto, ele afirma não pertencer ao PCC. "Marcola é de uma periculosidade poucas vezes vista", diz o promotor de Justiça Carlos Talarico. "Com ele na liderança, em pouquíssimo tempo o PCC se tornou uma quadrilha muito maior e mais perigosa." Aos poucos, a facção foi achatando a estrutura piramidal e se dividindo em células.
De acordo com o Ministério Público, Marcola ainda é o número 1 e Júlio César Guedes de Moraes, o "Julinho Carambola", é o seu homem de confiança. Outros bandidos, cerca de dez, formam uma espécie de "conselho de administração". Grandes decisões, como assassinatos e ataques, têm de ser tomadas por esse conselho. Ações cotidianas da criminalidade, não.

Embora o PCC tenha nascido como um sindicato, com a intenção de defender os direitos dos detentos, a gestão de Marcola mudou o rumo da facção. Atualmente, o objetivo primordial do grupo é ganhar dinheiro. Estima-se que, entre 2005 e 2008, o faturamento do PCC tenha quadruplicado. No ano passado, a arrecadação mensal chegou a R$ 5 milhões. A facção domina o tráfico de entorpecentes nas cadeias paulistas. Nas ruas, quem quer vender drogas tem de comprá-las do PCC ou pagar um "aluguel" para continuar dono da boca. Os bandidos batizados pelos líderes e os simpatizantes costumam pagar mensalidades. Outros organizam rifas de bens valiosos, como casas e automóveis, para arrecadar dinheiro. Se o PCC fosse uma empresa, certamente estaria nessas listas de companhias de sucesso. Marcola tem se mostrado um empreendedor. Pena que tenha investido no crime.
Quem conhece Marcola afirma que ele não age como chefe. Não precisa. Marcola não é um ditador. Costuma ouvir opiniões alheias e raramente perde a compostura. Quando fala, tem o poder de convencer os companheiros. É eficiente na arte da persuasão, um verdadeiro líder. E faz o tipo intelectual
- carrega a fama de ter lido cerca de três mil livros. 
Durante um depoimento, em junho de 2006, os integrantes da CPI do Tráfico de Armas se interessaram em investigar as preferências de Marcola.
. - Seu preferido é qual?, questionou o então deputado Neucimar Fraga.
- "Assim falou Zaratustra".
- Assim falou...
- Zaratustra.
- Nietzsche?, interveio o deputado Paulo Pimenta.
- Nietzsche.
Além do alemão Friedrich Nietzsche, obras dos pensadores franceses Voltaire e Victor Hugo e do escritor russo Fiodor Dostoievski, cuja temporada de quatro anos na prisão inspirou o clássico "Recordações da Casa dos Mortos", fazem parte do repertório de Marcola. 
Um feito e tanto para um órfão de pai e mãe, que abandonou a escola na quarta série, viveu na rua e se tornou criminoso nos primeiros anos da adolescência. O gosto de Marcola pela leitura emergiu depois de extensas e repetidas consultas ao Código Penal. No início do relacionamento, Marcola pedia para a primeira mulher, a advogada Ana, levar livros de direito para que ele se distraísse na cadeia.

Marcola está condenado a 40 anos de prisão por roubo. Na próxima semana, pela primeira vez, deve ser julgado por homicídio. 
Ele é acusado de ter mandado matar Antonio José Machado Dias, juiz-corregedor de Presidente Prudente, no oeste paulista, em 2003.
O magistrado teria sido escolhido por ser rígido demais com os presos e como um símbolo para escancarar o poder da facção, já que os homens fortes do PCC estavam sob a sua jurisdição. Marcola nega ter participado do crime. 
Diz que a ordem partiu de José Eduardo Moura da Silva, o "Bandejão", um ex-aliado assassinado na cadeia dois meses depois da execução de Machado Dias. O promotor Carlos Talarico, que trabalha no caso, garante ter uma coleção de provas contra Marcola. "Ele vai tomar um toco, 30 anos", diz Talarico. "Essa será a primeira condenação de Marcola como líder do PCC. E representará o reconhecimento do Estado de que ele está à frente da facção."
Os problemas de Marcola com a Justiça não devem terminar por aí. Ele responde a outros cinco processos por homicídio alguns cometidos durante os ataques em São Paulo, em 2006 - e crimes como sequestro e formação de quadrilha.
Quatro criminosos ligados ao PCC já foram condenados pela morte de Machado Dias. Julinho Carambola, o principal aliado do número 1, pegou 29 anos de prisão no mês passado. Se Marcola for considerado culpado por esse assassinato, como líder do PCC, a tendência é de que também seja condenado nos outros casos em que é acusado de comandar a facção. A perspectiva de permanecer encarcerado, no mínimo, durante as próximas duas décadas pode enfurecê-lo. Por enquanto, Marcola tem mantido a costumeira discrição. Continua confinado numa penitenciária em Presidente Venceslau, no interior do Estado, lendo e à assistindo tevê. Na cela número 107.

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° Edição:  2087 |  18.Nov.09  
Atualizado em 08.Jul.14